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Mais duas cidades serão confinadas na Espanha com regras difíceis de aplicar

Depois de Madri na sexta-feira, outras duas cidades da Espanha, León e Palencia, serão obrigadas a obedecer a partir de terça-feira (6) um confinamento parcial para conter o avanço da Covid-19, anunciaram as autoridades locais.

Sociedades científicas criticam gestão do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e presidentes de regiões na epidemia do coronavírus.
Sociedades científicas criticam gestão do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e presidentes de regiões na epidemia do coronavírus. POOL/AFP/File
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León e Palencia, duas cidades de 125.000 e 79.000 habitantes respectivamente, devem ficar parcialmente fechadas durante pelo menos duas semanas, assim como acontece em Madri e nove municípios da periferia da capital desde a noite de sexta-feira (2).

"A situação epidemiológica nos leva a adotar novas medidas para a proteção da saúde em #León e #Palencia", tuitou Alfonso F. Mañueco, presidente da região de Castilla e León (centro).

Na região de Madri, os mais de 4,5 milhões de habitantes afetados pelas restrições na capital e nas cidades vizinhas podem circular dentro do município, mas são autorizados a sair apenas para situações específicas, como ir para o trabalho, escola ou procurar atendimento médico, por exemplo. Os madrilenos, portanto, não estão confinados em suas casas, como aconteceu no início do ano.

As novas medidas, no entanto, são difíceis de aplicar, sobretudo porque a polícia continua esperando a autorização dos tribunais para multar quem não cumpre as normas. A pandemia deixou mais de 32.000 mortos na Espanha, o país com a maior proporção de casos na comparação com sua população na União Europeia (UE), e onde o governo central e a região de Madri divergem sobre as medidas para impedir o avanço dos contágios na capital.

Neste domingo (4), 55 sociedades científicas, que representam mais de 170.000 profissionais da saúde, publicaram uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Sanchez, e aos presidentes das 17 regiões espanholas, na qual afirmam: "Na saúde, vocês mandam, mas não entendem". O texto critica o "contínuo enfrentamento político, a lentidão burocrática" e a ausência de um "protocolo nacional" em um país onde a saúde é competência das regiões.

O manifesto também pede "o aumento dos recursos para pesquisas" e termina com um pedido "em nome de mais de 47 milhões de espanhóis, vocês e suas famílias incluídos (...) por mudanças em tanta inconsistência política, profissional e humana".

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