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Coronavírus: um quarto da população das Filipinas volta ao confinamento com agravamento da epidemia

Mais de 27 milhões de filipinos, cerca de um quarto da população do país, voltaram ao confinamento nesta terça-feira (04) diante do agravamento da epidemia de Covid-19. Desde o início de junho, as infecções quintuplicaram, superando a marca dos 100 mil casos. O isolamento foi anunciado com apenas 24 horas de antecedência, levando muitos moradores a ficarem presos na capital, Manila, depois que o transporte público, incluindo voos, pararam de funcionar.

Policiais vestidos com proteção instalam um ponto de controle em uma estrada nesta terça-feira, 04 de agosto de 2020, nos arredores da capital Manila, nas Filipinas.
Policiais vestidos com proteção instalam um ponto de controle em uma estrada nesta terça-feira, 04 de agosto de 2020, nos arredores da capital Manila, nas Filipinas. AP - Aaron Favila
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"Não temos mais dinheiro. Não podemos deixar o aeroporto porque não temos família aqui", lamenta Ruel Damaso, um trabalhador da construção civil de 36 anos, que gostaria de voltar para Zamboanga, no sul do país.

"Não estávamos à altura da tarefa. Ninguém esperava por isso", admitiu o presidente Rodrigo Duterte.

E ele não é o único líder a se preocupar. Em Genebra, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para os riscos de uma epidemia muito longa e, especialmente, sem uma solução milagrosa. "Não existe panaceia e talvez não haja nunca", alertou na segunda-feira (03) durante uma videoconferência. “Os ensaios clínicos nos dão esperança. Isso não significa necessariamente que teremos uma vacina eficaz, especialmente de longa duração”, disse ele.

Fortes progressões

A pandemia avança com fortes progressões, especialmente na América do Sul e no Caribe, onde o número de casos agora ultrapassa 5 milhões. Também cresce a preocupação na Oceania, onde diversas restrições estão sendo adotadas em Melbourne, na Austrália. A partir da meia-noite de quarta-feira (05), todos os negócios não essenciais serão fechados, assim como as administrações públicas, uma medida além do toque de recolher imposto desde a noite de domingo (02).

Até o momento, mais de 18 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas pelo vírus e mais de 680 mil morreram, de acordo com um relatório apresentado nesta segunda-feira pela AFP.

 

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