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OMS/ Coronavírus

Coronavírus: OMS declara emergência internacional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (30) emergência internacional devido ao surto do novo coronavírus na China.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na sede da OMS, Genebra, Suíça, em 29 de janeiro de 2020.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na sede da OMS, Genebra, Suíça, em 29 de janeiro de 2020. REUTERS/Denis Balibouse
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"Nossa maior preocupação é a possibilidade de que o vírus se propague para países com sistemas de saúde mais frágeis. [O alerta] Não significa desconfiança com a China", assegurou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"A OMS não recomenda e de fato se opõe a qualquer restrição" a viagens e comércio, acrescentou o chefe da OMS.

Há uma semana, pesquisadores haviam decidido que "não era hora" de declarar o coronavírus como emergência global. A China teria pressionado a organização a não declarar a urgência.

Tedros disse que a mudança de posicionamento do órgão se deu pelo crescimento de casos de coronavírus fora da China.

O vírus já infectou 98 pessoas em 18 países. Alemanha, EUA, Japão e Vietnã registraram transmissões de pessoas para pessoas, ou seja, alguém que viajou para a China e importou o vírus o transmitiu para outra pessoa de seu convívio.

Tedros elogiou os esforços da China para tentar conter a propagação do vírus.

Economia

Em um comunicado à imprensa, o comitê de emergência explicou que as restrições à circulação de pessoas e mercadorias durante uma emergência de saúde pública podem ser "ineficazes", interromper a distribuição da ajuda e ter "efeitos negativos" na economia dos países afetados.

Tendo declarado a emergência internacional, a OMS agora tem o direito de questionar os países sobre as restrições de viagem que eles impõem ou já impuseram, explicou o presidente do comitê de emergência, Didier Houssin, dando como exemplo "vistos recusados, fechamento de fronteiras, quarentena de viajantes em boas condições".

O número desta epidemia de pneumonia viral aumentou para 170 mortos nesta quinta-feira na China. O número de pacientes infectados com esse vírus da família SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) aumentou para cerca de 7.700 na China continental (excluindo Hong Kong), excedendo agora muito as pessoas infectadas com SARS em 2002-2003 (5.327) .

Wuhan, uma metrópole no centro da China onde a epidemia começou, está isolada do mundo há uma semana, como quase toda a província circundante de Hubei.

Enquanto esse cordão imposto em 23 de fevereiro proíbe cerca de 56 milhões de habitantes de deixar a região, os Estados Unidos e o Japão evacuaram parte de seus cidadãos na quarta-feira. Uma segunda aeronave americana é esperada nos próximos dias. A França também enviou um avião para repatriar cidadãos franceses.

Outros países estão planejando operações, e medidas cautelares internacionais estão se intensificando, incluindo a Rússia, que anunciou que iria fechar sua fronteira de 4.250 km com a China na sexta-feira (31).

Até o momento, a OMS usou o termo "emergência de saúde pública de interesse internacional" apenas em casos raros de epidemias que exigem uma resposta global vigorosa, incluindo a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus Zika em 2016 e febre Ebola, que devastou parte da África Ocidental de 2014 a 2016 e a República Democrática do Congo desde 2018.

(Com informações da AFP)

 

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