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Filipinas

Tufão Phanfone atinge as Filipinas e deixa pelo menos 16 mortos

O tufão Phanfone, que varreu as Filipinas na véspera do Natal, deixou pelo menos 16 mortos. Muitos turistas estrangeiros, que vieram passar férias na ilha de Boracay, ainda estão isolados do mundo nesta quinta-feira (26).

O tufão Phanfone, que atingiu as Filipinas, deixou moradores e turistas isolados.
O tufão Phanfone, que atingiu as Filipinas, deixou moradores e turistas isolados. © AFP
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O tufão, acompanhado por rajadas de vento que atingiram 200 km/h, causou danos significativos nesta quarta-feira (25), no centro do arquipélago, derrubando telhados de casas e postes.

Pelo menos 16 pessoas morreram em vilarejos e cidades do arquipélago de Visayas (centro), de acordo com funcionários da autoridade de gerenciamento de desastres.

O Phanfone também atingiu as ilhas turísticas de Boracay (centro), Coron (oeste) e outros destinos populares entre os estrangeiros, especialmente por suas praias de areia branca.

As comunicações pela internet e os telefones celulares foram cortadas na ilha paradisíaca de Boracay, desde que o tufão passou, dificultando a avaliação dos danos no local.

“As comunicações não estão mais funcionando. O fornecimento de eletricidade ainda está interrompido”, relatou Jonathan Pablito, chefe de polícia de Malaio, uma cidade na província de Aklan, localizada perto de Boracay.

As ligações de balsa, que são a principal rota entre Aklan (noroeste de Visayas) e Boracay, ainda não estavam operacionais nesta quinta-feira, informou Pablito.

Nem balsas nem aviões

“Não temos informações da guarda costeira para saber se as conexões marítimas serão autorizadas novamente. Desde o dia 24 (de dezembro) todos os barcos que foram para a ilha e retornaram dela não conseguiu atravessar”, acrescentou.

O aeroporto de Kalibo, localizado em Aklan e que atende a Boracay, sofreu danos significativos, de acordo com um turista coreano que se viu retido. “As estradas continuam cortadas, mas iniciativas estão sendo tomadas para reduzir os danos. É uma situação muito séria”, disse Jung Byung Joon via Instagram.

“Tudo dentro de um raio de menos de 100 metros ao redor do aeroporto parece estar danificado. No aeroporto, passageiros aguardam desde que os voos foram cancelados”, conta o turista. “Os táxis estão circulando, mas está ventando e ainda chove, então ninguém quer sair do aeroporto, inclusive eu”, acrescenta.

Outro turista coreano, também confinado ao aeroporto, disse que não conseguiu entrar em contato com um amigo em Boracay na quinta-feira. “Não sei quando posso ir para casa”, ele disse. Até esta quarta-feira, era impossível dizer se Boracay havia sofrido fortes danos ou não.

Natal longe das famílias

Embora com menos intensidade, o Phanfone seguiu a mesma trajetória que o tufão Haiyan, o mais devastador registrado no país, que matou mais de 7,3 mil pessoas em 2013, atingindo em especial a cidade de Tacloban.

“É como o irmão mais novo de Haiyan. Ele é menos destrutivo, mas seguiu uma trajetória semelhante”, explicou Cindy Ferrer, diretora de comunicações do serviço de gerenciamento de desastres da região de Visayas ocidentais.

No país, com uma grande maioria católica, dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e passar a véspera e o dia de Natal em abrigos. Muitos filipinos não conseguiram se reunir com suas famílias devido ao término das conexões aéreas e marítimas.

Entre vítimas fatais está um policial que morreu eletrocutado pela queda de um poste elétrico, durante uma patrulha.

O tufão, que está perdendo força, estaria se afastando lentamente do país nesta quinta-feira, em direção ao mar da China meridional, de acordo com o centro de previsão do tempo Weather Philippines.

Cerca de 20 tufões e tempestades tropicais varrem as Filipinas a cada ano, causando centenas de mortes. Em meados de dezembro, uma violenta tempestade tropical no norte do país deixou 13 mortos.

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