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Egito

Sem surpresa, Al-Sissi é reeleito presidente do Egito com 97,08%

O presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sissi foi reeleito para um segundo mandato com 97,08% dos votos válidos, ou seja, 22 milhões de votos, anunciou nesta segunda-feira (2) a Autoridade Nacional Eleitoral. Considerado vitorioso antes mesmo da eleição, ele teve apenas um adversário na disputa: Musa Mostafa Musa.

Abdel Fatah Al Sissi derrotou o único candidato na disputa eleitoral
Abdel Fatah Al Sissi derrotou o único candidato na disputa eleitoral PHILIPPE WOJAZER / POOL / AFP
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Quase 23 milhões de pessoas de um total de 60 milhões de eleitores compareceram às urnas para votar na eleição organizada entre segunda-feira (26) e quarta-feira (28), informaram os jornais Al-Ahram e Akhbar al-Yaum, assim como a agência oficial de notícias Mena. A participação foi de 41,5%, confirmou Lashin Ibrahim, presidente da Autoridade Nacional Eleitoral, em coletiva de imprensa.

Os egípcios tinham que escolher entre Al-Sissi, de 63 anos e grande favorito, e Mostafa Musa, 65 anos, o único rival, mas simpatizante declarado do presidente. Depois que outros potenciais candidatos foram vetados, detidos ou convencidos a não concorrer, Mostafa Musa entrou na disputa para evitar que Al-Sissi acabasse como candidato único, mas sempre negou ser uma "marionete" do presidente.

Durante a campanha, não foram organizados debates e Al-Sissi não apareceu em nenhum evento. Em uma entrevista poucos dias antes da eleição, o presidente disse que preferia enfrentar mais candidatos e negou qualquer intervenção para impedir outros nomes.

Um mês antes do pleito, 14 organizações de defesa dos Direitos Humanos denunciaram as condições de organização da eleição que, segundo elas, não era “nem livre nem equitativa”. Human Rights Watch, Cairo Institute for Human Rights Studies (CIHRS) e outras entidades afirmaram que “o governo de Al-Sissi continua sufocando as liberdades fundamentais, prendeu candidatos potenciais e perseguiu os partidários dos opositores”.

Al-Sissi, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, destituiu o único presidente egípcio democraticamente eleito – o islâmico Mohamed Mursi – após grandes protestos em 2013. Em seguida, ele venceu a eleição de 2014 com 96,9% dos votos.

(Com informações da AFP)

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