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Oriente Médio

Após atentados, Estados Unidos retiram suas forças especiais do Iêmen

Um dia depois dos atentados contra duas mesquitas no Iêmen, ocorridos na sexta-feira (20), o Pentágono decidiu retirar uma centena de soldados que ainda se encontrava no país da península arábica. Neste domingo (22), o departamento de Estado norte-americano confirmou a evacuação de todo o seu pessoal atuante no Iêmen, que parece mergulhar definitivamente em um caos político e social.

Os Navy Seals são a elite da marinha norte-americana.
Os Navy Seals são a elite da marinha norte-americana. AFP PHOTO/US NAVY/Robert Fluegel/HANDOUT/
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Jean-Louis Pourtet, correspondente da RFI em Washington.

O Pentágono avalia que a situação se tornou excessivamente perigosa no país após os atentados qua deixaram ao menos 142 mortos e decidiu retirar os membros de suas forças especiais, os Boinas Verdes e os Navy Seals. A medida é considerada um revés para a política dos Estados Unidos na região. O presidente Barack Obama costuma citar o Iêmen como um exemplo na luta contra o terrorismo.

O presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi era um aliado dos norte-americanos e havia inclusive autorizado o uso de drones para a eliminação de islâmicos radicais, como Anwar al-Awlaki, líder da Al-Qaeda na Península Arábica. O presidente, que renunciou ao cargo em janeiro, conseguiu escapar, ontem, de um cerco de milícias a sua casa, na capital, Sanaa.

A retirada dos soldados americanos, que também treinavam o exército do Iêmen no combate aos terroristas, representa a eliminação de uma importante fonte de informação.

Atentado reivindicado

Washington ainda não tem certeza de que os atentados de sexta-feira tenham sido comandados pelo grupo Estado Islâmico, ainda que o grupo terrorista tenha reivindicado sua autoria.

Para o deputado democrata Adam Schiff, que integra a comissão de informação do Congresso, a retirada deixa um vazio que permitirá aos movimentos islâmicos   tanto a Al-Qaeda da Penísula Arábica (Aqpa) quanto o Estado Islâmico   aumentar sua influência na região, criando um novo desafio para os Estados Unidos.
 

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