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Iêmen/conflito

Milícia xiita no Iêmen invade palácio presidencial em Sana

A milícia xiita no Iêmen invadiu nesta terça-feira (20) o palácio presidencial em Sanaa e cercou a residência do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi. Desde setembro, os "houthis", combatentes da milícia Ansaruallah, controlam uma parte da capital, que vive violentos confrontos entre os rebeldes e as forças iemenitas.

Membro da milícia Houthi atira contra a guarda presidencial do Iêmen, na capital Sana.
Membro da milícia Houthi atira contra a guarda presidencial do Iêmen, na capital Sana. REUTERS/Khaled Abdullah
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu o fim imediato dos combates. O Conselho de Segurança da Organização também se reuniu a portas fechadas hoje para discutir a crise no país, mergulhado no caos. A preocupação é que o Iêmen é a base de uma das filiais mais perigosas da rede Al-Qaeda, que reinvidicou o atentado contra o jornal Charlie Hebdo na França.

A invasão do palácio presidencial foi confirmada por um combatente da milícia em sua conta no Facebook. Outros confrontos também ocorreram perto da casa do presidente iemenita, deixando pelo menos dois soldados mortos. No centro de Sana, os combatentes também cercaram a casa do premiê Khaled Bahah, barrando os principais acessos.

A situação crítica no país levou várias embaixadas ocidentais a fecharem as portas. Só na segunda-feira, os conflitos deixaram nove mortos e mais de 67 feridos. A milícia Ansaruallah acumula vitórias desde a entrada na capital, em 21 de setembro. Aparentemente, os combatentes têm o apoio do ex-presidente Ali Abdallah Saleh e de forças leais ao ex-chefe-de-Estado.

Crise começou depois de rapto do chefe de gabinete do presidente

A crise no Iêmen começou depois do rapto de Ahmed Awad ben Moubarak, chefe de gabinete do presidente, que foi reinvidicado pela milícia, e autor de um projeto de Constituição rejeitado pelos combatentes houthis. Desde a revolta popular de 2011, que culminou na saída do presidente Saleh, o poder central vem sendo marginalizado pela milícia Ansaruallah e a Al Qaeda na Península Arábica, que vem ganhando influência e conquistou diversos territórios.
 

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