Autor de atentado contra Chalie Hebdo teria sido treinado pela Al Qaeda no Iêmen
Saïd Kouachi, um dos autores do atentado ao jornal Charlie Hebdo nesta quarta-feira (8) estaria ligado à filial da Al Qaeda no Iêmen. Segundo a polícia, ele teria passado pelo país entre 2009 e 2013, primeiramente como estudante da Universidade al-Imane, em Sana, dirigida por fundamentalistas, e em seguida em campos de treinamento no sul e no sudeste do país.
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Um dos primeiros indícios do envolvimento da Aqpa (Al Qaeda na Península Arábica) surgiu no dia do ataque. Um dos dois irmãos gritou "Diga à imprensa que somos a Al Qaeda no Iêmen", disse um dos irmãos, de acordo com testemunhas citadas pela imprensa francesa. De acordo com Laurent Bonnefoy, professor da universidade Sciences Po em Paris e especialista do Iêmen, a viagem ao país é "propícia para o treinamento de aprendizes jihadistas", diz.
A universidade frequentada por um dos irmãos Kouachi, e outros estabelecimentos particulares, serviam de cobertura para as redes extremistas sunitas. Foi em um desses locais que estudou o jovem nigeriano, Umar Farouk Abdulmattallab, acusado de tentar explodir um avião da companhia americana Northwest Airlines.
Jihadista teria recebido treinamento militar
De acordo com um responsável americano, Saïd Kouachi viajou ao Iemên em 2011, onde recebeu treinamento militar. "De acordo com Bonnefoy, a radicalização de Kouachi foi anterior à sua chegada ao Iêmen, país politicamente instável onde as embaixadas ocidentais estão no centro de todas as ameaças". Segundo ele, a passagem pelo Iemên não é um elemento essencial, mas ele também se disse surpreso que o homem, "presente na lista negra dos terroristas, não tenha sido interceptado" na fronteira.
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