Rússia quer reforçar segurança da Internet no país
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse nesta sexta-feira (19) que o governo do país poderá tomar medidas para reforçar a segurança da Internet na Rússia. Ele negou que haja a intenção de bloquear o acesso à rede mundial de computadores.
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“A Rússia não pode se desconectar da Internet mundial. Isso está fora de cogitação”, disse Peskov, citado pela agência pública Interfax. “Entretanto, nos últimos tempos, nossos parceiros nos Estados Unidos e na Europa mostraram ser bastante imprevisíveis. Devemos estar preparados para qualquer eventualidade”, declarou.
Um dos objetivos, explica o responsável do governo, é proteger a Internet russa de ações externas. As sanções ocidentais, por exemplo, poderiam influenciar o funcionamento da rede no país.
Citando indiretamente os Estados Unidos, o porta-voz lembrou que a “identidade do principal administrador da Internet mundial é conhecida. Levando em conta sua imprevisibilidade, devemos pensar em como assegurar nossa segurança nacional”,declarou.
Segundo o jornal russo Vedomosti, o presidente russo Vladimir Putin deve reunir nesta segunda-feira o Conselho de Segurança russo para discutir a questão e detalhar as medidas.
Outros encontros com responsáveis do setor no governo russo também deverão abordar o funcionamento da Internet na Rússia em caso de situações de emergência. A reportagem também cita diferentes operadoras e empresas russas ligadas à Internet e a associações.
De acordo com o jornal, implantar um controle da Internet russa é complicado, porque, contrariamente à Internet na China, a Rússia é mais dependente da infraestrutura mundial.
O blogueiro russo Anton Nossik assegurou que as autoridades russas pretendem controlar a entrada e a saída dos dados no país. Há vários meses, o governo russo introduziu uma lei que obriga as empresas de Internet a manterem seus dados na Rússia.
Grupo lança Declaração de Direitos Digitais Humanos
A Declaração de DireitosDigitais Humanos foi lançada hoje em Paris pelo Forum de Avignon, um grupo de reflexão formado por filósofos, economistas e empreendedores para promover o diálogo entre diferentes culturas. O documento tem como objetivo proteger a utilização de dados pessoais, mas sem impedir o desenvolvimento da pesquisa e da inovação.
A declaração digital se inspirou na Declaração Universal dos Direitos Humanos instituída em 1789 e também na Declaração do Genoma Humano adotada pela Unesco em 1997. O texto foi redigido em cinco línguas, e tem 8 artigos que tratam de vida privada, transparência e exploração de informações.
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