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Egito/Encontro

Presidente da Liga Árabe defende união militar e política contra jihadistas do EI

O presidente da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, exortou neste domingo (7) os países árabes a combater "militar e politicamente" os jihadistas do Estado Islâmico (EI), grupo extremista que controla uma parte do Iraque e da Síria e é considerado muito mais perigoso do que a Al Qaeda. O presidente norte-americano, Barack Obama, apresentará um plano global de ação contra os extremistas na próxima quarta-feira.

O presidente da Liga Árabe, Nabil Al Arabi (esq.), ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas, neste domingo (7), no Cairo.
O presidente da Liga Árabe, Nabil Al Arabi (esq.), ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas, neste domingo (7), no Cairo. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe estão reunidos hoje no Cairo, sede da organização no Egito, para discutir meios de diminuir a tensão na região. Desde junho, o Estado islâmico conquistou um vasto território que vai da Síria ao Iraque. Os jihadistas têm praticado a perseguição a minorias étnicas e religiosas, além de promover execuções sumárias.

Al Arabi pediu aos ministros que "tomem decisões corajosas para enfrentar o terrorismo", que ameaça a existência de "certos países árabes". "O terrorismo precisa ser combatido de maneira global: militarmente, politicamente e ideologicamente", disse Al Arabi.

Novos bombardeios aéreos americanos

Os Estados Unidos efetuaram na manhã de hoje quatro bombardeios contra jihadistas do EI que ameaçam tomar o controle da usina hidrelétrica de Haditha, a segunda maior do Iraque, situada no oeste do país.

Um porta-voz do Pentágono declarou que os bombardeios visaram garantir a segurança da represa. As forças iraquianas, com o apoio tribos sunitas, ainda controlam o local, mas os jihadistas tentam se apoderar da barragem. O Pentágono teme uma ruptura da represa e uma provável inundação, que colocaria em risco as instalações americanas e a população de Bagdá.

Coalizão internacional

Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram a formação de uma coalizão internacional para combater os jihadistas. O assunto foi discutido em uma reunião à margem da cúpula da Otan, no País de Gales, na presença dos ministros da Defesa e das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Turquia, Polônia, Canadá e Austrália. O ministro da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, explicou que esse grupo de países constitui a base da coalizão.

Na ocasião, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que a estratégia americana consiste em dar mais apoio às forças de segurança iraquianas e a outras forças regionais "que estejam dispostas a enfrentar os jihadistas". Kerry enfatizou que nenhum país da Otan iria se envolver diretamente em combates terrestres contra o Estado Islâmico, incluindo os Estados Unidos.

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