Acessar o conteúdo principal
Cúpula da Otan

EUA anunciam coalizão para combater jihadistas do Estado Islâmico

Os Estados Unidos estão formando uma coalizão internacional para combater o Estado Islâmico no Iraque, informou nesta sexta-feira (5) o secretário de Estado americano, John Kerry, que participa da cúpula da Otan, em Newport, no País da Gales.

Barack Obama cumprimenta o secretário da Defesa americano, Chuck Hegel, sentado ao lado do premiê britânico David Cameron e do secretário-geral da OTAN (à direita), Anders Fogh Rasmussen.
Barack Obama cumprimenta o secretário da Defesa americano, Chuck Hegel, sentado ao lado do premiê britânico David Cameron e do secretário-geral da OTAN (à direita), Anders Fogh Rasmussen. REUTERS/Larry Downing
Publicidade

A estratégia para combater os extremistas islâmicos foi discutida em uma reunião à margem da cúpula, na presença dos ministros da Defesa e das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Turquia, Polônia, Canadá e Austrália. O ministro da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, afirmou que esse grupo de países "constitui a base de uma coalizão".

Desde junho, o grupo jihadista sunita conquistou um vasto território entre a Síria e o norte do Iraque. John Kerry declarou que é preciso combater os rebeldes de forma a impedi-los de controlar novos territórios. Para isso, será preciso dar mais apoio às forças de segurança iraquianas e a outras forças regionais que estejam dispostas a enfrentar os jihadistas. O secretário americano declarou que nenhum país da Otan vai se envolver diretamente em combates terrestres contra o Estado Islâmico, incluindo os Estados Unidos.

Assembleia da ONU

O plano de combate aos extremistas sunitas deverá estar concluído até a Assembleia Geral da ONU, na última semana de setembro. Ontem, o presidente americano, Barack Obama, prometeu desmantelar e destruir o grupo islâmico ultrarradical, após a decapitação do segundo jornalista americano em duas semanas.

No início da manhã, os países membros da OTAN condenaram, por unanimidade, os “atos bárbaros” do Estado Islâmico. A organização jihadista, que já executou os jornalistas americanos James Foley e Steven Sottlof, agora ameaça matar um refém britânico.

Em conversas privadas com Obama, o presidente francês, François Hollande, e o premiê britânico, David Cameron, teriam dito que os Estados Unidos não poderiam se contentar com ataques aéreos aos jihadistas. Segundo fontes diplomáticas europeias, Hollande e Cameron defenderam uma estratégia global contra o grupo extremista. Obama apoiou a proposta do governo francês de realizar uma conferência em Paris, desde que o novo governo iraquiano esteja concluído.

John Kerry disse estar convencido que os parceiros da Otan dispõem dos meios necessários para destruir o Estado Islâmico. "Talvez demore um, dois ou mesmo três anos, mas nós estamos determinados", enfatizou o secretário.

A Otan também anunciou a criação de uma força especial capaz de ser deslocada em 48 horas para uma zona de conflito, em caso de necessidade.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.