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Turquia/Escândalo

Escândalo de corrupção provoca a demissão de três ministros na Turquia

Os ministros turcos da Economia, Zafer Caglayan e o do Interior, Muammer Guler, foram os primeiros a pedir demissão nesta quarta-feira, 25 de dezembro de 2013, poucos dias depois que seus filhos foram presos, sob suspeita de corrupção. No início da tarde, o ministro do Meio Ambiente Erdogan Bayraktar, também deixou o cargo abrindo uma crise política no país. Ao todo, a vasta operação anticorrupção lançada no país deteve na última semana 24 pessoas.

Tayyip Erdogan, premiê turco, durante discurso para seus apoiadores em sua chegada ao aeroporto em Ankara, nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2013.
Tayyip Erdogan, premiê turco, durante discurso para seus apoiadores em sua chegada ao aeroporto em Ankara, nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2013. REUTERS/Umit Bektas
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"Deixo meu posto para que possa ser esclarecida essa ignóbil operação contra nosso governo", declarou o ex-ministro da Economia Zafer Caglayan em um comunicado. Ele chamou a investigação que prendeu 24 pessoas - entre elas o presidente do banco estatal Halkbank - de complô odioso contra o país.

O ministro do Meio Ambiente, Erdogan Bayraktar, que pediu demissão esta tarde, aconselhou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan a também deixar o poder. A declaração indica uma contestação inédita contra o premiê turco entre seus partidários. 

Operação anticorrupção

A operação policial lançada em 17 de dezembro para apurar um escândalo financeiro abalou a popularidade do primeiro ministro Recep Erdogan, que se elegeu em 2007 com uma forte bandeira anticorrupção. Quatro ministros do gabinete de Erdogan foram citados no escândalo.

Ontem, o presidente da República turco, Abdullah Gül, comentou pela primeira vez o caso e prometeu uma mudança ministerial no país. A demissão de três dos quatro ministros envolvidos foi definida em uma reunião na noite de ontem entre o premiê Recep Tayyip Erdogan e vários integrantes de seu gabinete.

Reforma ministerial

Os filhos de Zafer Caglayan,  Muammer Guler e Erdogan Bayraktar foram detidos e iniciados nessa operação anticorrupção. Um pedido para acabar com a imunidade parlamentar de todos os ministros envolvidos foi feito e a expectativa é que o premiê Erdogan faça em breve uma grande reforma ministerial.

O governo diz que o escândalo foi montado no exterior com o objetivo de desestabilizar a Turquia. O primeiro-ministro, que após a onda de detenções demitiu vários responsáveis da polícia turca, afirmou hoje que seu partido não tolera corrupção.
 

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