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Noruega/ Síria

Noruega se recusa a destruir parte de arsenal químico sírio

A Noruega rejeitou nesta sexta-feira um pedido dos Estados Unidos para ajudar a destruir as armas químicas da Síria, argumentando que não tem condição de realizar o trabalho por não possuir funcionários, equipamentos e regulamentação sobre o tema. Os EUA pediram no mês passado ao país, membro da Otan, para colaborar na destruição do arsenal químico da Síria.

Inspetores da ONU estão na Síria para verificar arsenal químico de Assad.
Inspetores da ONU estão na Síria para verificar arsenal químico de Assad. REUTERS/Khaled al-Hariri
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O desmantelamento das armas está previsto no acordo mediado entre Washington e Moscou após um ataque em 21 de agosto, nos arredores de Damasco, que matou 1.400 pessoas. Outros países também foram solicitados a ajudar.

O Ministério das Relações Exteriores norueguês, Boerge Brende, disse que o país realizou uma "consideração séria e profunda" do pedido dos EUA, mas não está capacitado a aceitá-lo "devido a limitações de tempo e a fatores externos, tais como exigências de capacitação e requerimentos regulatórios". Na quarta-feira, o novo chanceler declarou, em entrevista coletiva, que a Noruega não tinha os equipamentos necessários e que a lei norueguesa proíbe o armazenamento dos resíduos.

Isso significa que outros países primeiro teriam que garantir a importação e armazenamento dos produtos químicos destruídos após terem sido tratados na Noruega, disse ele. A Noruega poderia usar uma unidade de destruição móvel dos EUA, mas o frio do inverno seria uma desvantagem, disse ele. “Outros país são melhor adaptados” para este objetivo, considerou Brende, sem citar nenhum.

A resolução 2118, adotada no final de setembro pelo Conselho de Segurança da ONU para evitar um ataque militar iminente dos Estados Unidos à Síria, prevê a destruição completa do arsenal químico do ditador Bashar al-Assad, estimado em 1.000 toneladas. A data limite para a aplicação do acordo é 30 de junho.

De acordo com a televisão pública norueguesa NRK, a Noruega tinha sido solicitada para dar um fim a 300 a 500 toneladas de gás Sarin e até 50 toneladas de gás mostarda. Oslo não confirmou os números. Atualmente, membros Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), prêmio Nobel da Paz 2013, se encontra na Síria para inspecionar os locais de produção e estoque de armas deste tipo.
 

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