Risco de câncer é maior para moradores da região de Fukushima
O acidente nuclear de Fukushima provocou um ligeiro aumento do risco de câncer em áreas próximas à central, afirma a Organização Mundial da Saúde em relatório divulgado nesta quinta-feira, em Genebra. O documento cita como exemplo o aumento de câncer na tireóide em mulheres e crianças, mas descarta riscos à saúde em regiões fora do Japão.
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“A primeira preocupação identificada no relatório diz respeito a riscos de determinados tipos de câncer ligados à área e à fatores demográficos”, afirmou Maria Neira, diretora da OMS para saúde e meio ambiente.
“Uma análise dos dados, baseada na idade, sexo e proximidade em relação à central nuclear, mostra um risco maior para os que estavam nas áreas mais contaminadas. Fora dessa área, incluindo a prefeitura de Fukushima, nenhum aumento do risco de câncer é esperado”, afirmou.
No relatório de 166 páginas, os especialistas afirmam que num raio de 20 km em torno da central onde aconteceu o acidente, o risco do câncer na tireóide nas mulheres e nas crianças aumenta 1,25% sendo que normalmente o índice é de 0,75%.
A OMS insiste na necessidade de dar continuidade ao acompanhamento das populações mais expostas assim como uma maior vigilância dos alimentos e do meio ambiente.
Em relação aos trabalhadores que participaram da intervenção na central nuclear, a OMS afirma que há um “aumento dos riscos para o resto da vida deles para desenvolver leucemia, câncer da tireóide e outros tipos de câncer”.
Os funcionários que inalaram uma grande quantidade de iodo radiotativo podem ainda desenvolver problemas não cancerígenos da tireóide, segundo o relatório.
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