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Japão/Fukushima

Autoridade japonesa de regulação nuclear exigirá novas normas de segurança

A nova autoridade japonesa de regulação nuclear, criada em setembro pelo governo, adotará normas de segurança mais rígidas para as centrais nucleares. Depois do desastre de Fukushima, ocorrido depois do Tsunami de 11 de março de 2011 no nordeste do Japão, o órgão, que agora é independente do Ministério da Indústria, deve exigir importantes modificações nas usinas, que possuem, no total, 50 reatores.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visita a central de Fukushima, no dia 29 de dezembro de 2012.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visita a central de Fukushima, no dia 29 de dezembro de 2012. REUTERS/Itsuo Inouye/Pool
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De acordo com a imprensa local, para adaptar os reatores à nova legislação, as companhias deverão realizar diversos trabalhos de infraestrutura. Entre as exigências, estão a instalação de novos equipamentos que permitiriam o resfriamento à distância, a construção de muros de proteção mais espessos, além de outras melhorias. O objetivo é evitar um novo acidente como o ocorrido em Fukushima, que poluiu uma vasta região do país, obrigando 160.000 pessoas a abandonarem suas casas e deixarem o local.

As novas regras deverão ser discutidas nesta sexta-feira, e divulgadas no fim do mês. A decisão definitiva será anunciada apenas em julho, de acordo com o jornal japonês Nikkei. Para ativar os reatores, as companhias de eletricidade dependem das decisões do organismo. Desde o acidente em Fukushima, apenas duas unidades estão em funcionamento, depois de  terem passado por todos os testes de segurança e recebido a autorização do governo.

Os outros reatores só voltarão a funcionar depois do aval do órgão, que poderá, entretanto, autorizar o funcionamento sob certas condições, já que algumas reformas podem levar anos e exigir um orçamento de centenas de milhões de euros. O novo governo de direita do premiê Shinzo Abe, que comanda o país desde o fim de dezembro, estima que a reativação dos reatores atômicos é fundamental para a economia japonesa.

De acordo com o primeiro-ministro, o ideal é que os reatores voltem a funcionar dentro de, no máximo, três anos. Um prazo que dificilmente poderá ser cumprido. “Não acho que seja possível dar um diagnóstico para todos os reatores em três anos, mesmo agindo o mais rapidemente possível”, declarou Shunichi Tanaka, presidente da autoridade japonesa de regulação nuclear. Antes do acidente de Fukushima, cerca de um quarto da eletricidade do Japão vinha das centrais nucleares, uma perda compensada pela utilização intensiva das centrais térmicas e outras economias.
 

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