Abbas agradece apoio francês na ONU e pede libertação de estudante
Durante um encontro com Nicolas Sarkozy na manhã desta sexta-feira no Palácio do Eliseu, em Paris, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, agradeceu o discurso do presidente francês na tribuna da ONU, no dia 23 de setembro, em apoio ao pedido de reconhecimento do Estado palestino na organização.
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A França defende um status intermediário para os palestinos, que passariam de entidade observadora a estado observador, como o Vaticano. Segundo Abbas, o discurso de Sarkozy foi "favorável à causa." O presidente da Autoridade Palestina também voltou a defender que a retomada das negociações com os israelenses só será possível com o fim da construção dos assentamentos nos territórios ocupados.
Nas últimas duas semanas, segundo Abbas, houve a abertura de licitação para a construção de 2.600 casas. "Isso mostra que o premiê Benjamin Netanyahu não respeita as leis internacionais e não quer a paz", declarou. Outro ponto considerado essencial pelos palestinos é que o novo estado seja baseado nas fronteiras de 1967, antes da Guerra dos Seis Dias, o que incluiria Jerusalém.
O líder palestino também elogiou os esforços de Sarkozy para a libertação do soldado franco-israelense Gilad Shalit e pediu a mesma mobilização para o estudante franco-palestino Salah Hamouri, preso em Israel desde 2005, acusado de planejar o assassinato de um rabino. Hamouri sempre negou as acusações de Israel. "A França pediu em diversas ocasiões às autoridades israelenses a libertação antecipada de Salah Hamouri. Nós insistimos para que, quando os prisioneiros palestinos forem soltos, Hamouri também seja libertado", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero.
O soldado Shalit, preso em 2006, deverá ser liberado terça-feira ou quarta-feira, após a conclusão de um acordo mediado pelo Egito entre o governo israelense e o grupo Hamas, que controla Faixa de Gaza desde 2007. Em troca, Israel vai soltar 1.027 prisioneiros palestinos, entre eles 27 mulheres. Ainda nesta sexta-feira, Abbas deverá se encontrar com David Hale, emissário americano para o Oriente Médio. Ele substituiu George Mitchell, que renunciou à missão em maio, depois do fracasso da mediação do conflito na região.
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