Obama quer eleições "livres e justas" na Líbia

O presidente americano, Barack Obama, quer a realizaçao de eleições "livres e justas", ao final da transição admisnistrada pelos opositores do ex-ditador Muammar Kadafi, declarou nessa terça-feira durante seu primeiro encontro com o número um do Conselho Nacional de Transição líbio, (CNT), Moustapha Abdeljalil, na sede da ONU. Para Obama, a Líbia precisa de novas leis e de uma constituição, para que seja respeitado um estado de direito.

Kadafi volta a fazer declarações no canal de televisão Arraï negando a queda do regime na Líbia. REUTERS/Libya TV

"Enquanto os líbios estiverem ameaçados, a missão dirigida pela Otan para protegê-los, continuará ", reforçou, durante a reunião dos "amigos da Líbia", às vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. O presidente americano insistiu para que as forças pró-Kadafi entreguem suas armas. Segundo ele, os que ainda resistem devem compreender que o regime acabou e que é o momento de integrar a "nova Líbia".

Sem se dar por vencido

Em uma nova mensagem sonora divulgada,no canal de televisão via satélite Arraï, baseado na Síria, o ex-ditador Muammar Kadafi afirma que seu governo não pode ser derrubado. "O regime político líbio é baseado no poder do povo e é impossível de se colocar fim”, declarou nesta terça-feira.

No comunicado, ele alegou que os bombardeios da Otan não vão durar e que os recentes avanços das tropas do CNT, são uma "farsa". O proprietário da Arraï, Michane Djabouri, prometeu que um discurso televisivo de Kadafi será transmitido em breve pelo canal.

De acordo com o porta-voz do ex-ditador, 17 mercenários foram capturados em Bani Walid, região ao norte do país onde resistem as forças fiéis ao general. Entre os presos estariam especialistas técnicos franceses e ingleses.

No entanto, o ministro das relações exteriores da França, Alain Juppé, desmentiu em uma conferência de imprensa em Nova York, a presença de mercenários franceses na Líbia.