Estados Unidos investigam ameaça de atentado no dia 11 de setembro

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos investiga uma ameaça de ataque terrorista neste domingo, dia 11 de setembro, data da comemoração dos dez anos dos atentados ao World Trade Center, em Nova York. De acordo com esse comunicado, existem informações concretas, mas ainda não confirmadas, de um ataque que estaria sendo planejado pela rede terrorista Al Qaeda.

Bombeiro pede reforço no dia dos atentados de 11 de setembro Preston Keres/US Navy/AFP

De acordo com informações do governo americano, a intenção dos terroristas era explodir um carro em Nova York ou Washington, mas a ameaça não foi confirmada. No comunicado, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos esclarece que, durante a operação que culminou na morte do líder da Al Qaeda, Ossama Bin Laden, os militares americanos encontraram documentos em sua residência no Paquistão que atestam o interesse da rede em organizar ataques em datas importantes, como 11 de setembro. “Independentemente da credibilidade dessa ameaça, ela será levada a sério”, diz o comunicado.

Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama estaria a par das ameaças, e pediu à comunidade internacional que a vigilância seja reforçada. O prefeito de Nova York, Michel Bloomberg, disse durante uma coletiva de imprensa que "a polícia da cidade vai adotar medidas adicionais para garantir a segurança da população." A polícia nova-iorquina anunciou um aumento de 30% das patrulhas e reforçar o controle em pontes, transportes coletivos e prédios oficiais.

De acordo com o rede americana ABC, pelo menos três pessoas entraram no território americano nos últimos meses, suspeitos de participar da organização de um ataque.  "Pedimos ao povo americano que permaneça vigilante à medida que nos aproximamos do final de semana", afirma o comunicado do Departamento de Segurança Interna.

Ataques foram contra o mundo inteiro, diz Obama

Em um texto publicado em diversos jornais no mundo nesta sexta-feira, inclusive o francês Le Figaro, Obama lembra, que há dez anos, o mundo se uniu para lembrar a tragédia que marcou para sempre os americanos. “Os ataques foram dirigidos não somente contra os Estados Unidos, mas contra o mundo, a humanidade”, diz o presidente americano. Ele ainda ainda ressalta que, nos Estados Unidos, os americanos não esquecerão jamais que, "nos quatro cantos do mundo, as pessoas manifestaram sua solidariedade, se reunindo em frente às embaixadas, para orar durante a noite, depositando coroas de flores."

Obama também lembrou que a guerra dos Estados Unidos é contra o terrorismo, e não contra os muçulmanos. "Pelo contrário, com nossos aliados e parceiros, nos unimos contra a Al Qaeda, que atacou dezenas de países e matou dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes, na sua maioria muçulmanos. Nesta semana, nós nos lembraremos de todas as vítimas da Al Qaeda e da coragem e da perseverança de suas famílias e compatriotas."

Citando a retirada das tropas americanas no Iraque e a missão no Afeganistão, Obama escreve que, em memória às vítimas do atentado, os Estados Unidos esperam "reforçar o espírito de parceria e de respeito mútuo que todos necessitam para forjar um mundo onde cada um possa viver dignamente, em liberdade, e em paz".