Francês decapitado faria aniversário no domingo
O francês decapitado nesta sexta-feira (26) por um de seus funcionários é descrito como um homem “gentil”, “generoso” e “ativo” pelos moradores de Fontaines-sur-Saône, onde ele morava. Hervé Cornara, de 54 anos, era muito conhecido no bairro popular de Marronniers, onde ele era presidente da associação de locatários de um condomínio. A vítima faria aniversário neste domingo (28).
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Hervé foi a única vítima do ataque terrorista promovido por Yassin Salhi, um entregador de 35 anos que trabalhava na sua empresa de transportes. O jornais Le Parisien e Le Figaro foram ao encontro dos vizinhos dele, que o retratam como “uma pessoa prestativa que cuidava de tudo e em quem todo mundo podia contar”.
O francês nasceu e cresceu em Marronniers. Há alguns anos, decidiu abrir uma associação para melhorar a aparência do bairro – sua meta era aumentar os jardins e áreas verdes do condomínio. “Tudo que tem de bom aqui, foi ele quem batalhou para que a gente tivesse”, afirma a aposentada Monique Loville, ao Figaro.
Ao mesmo tempo, sua pequena empresa familiar de transportes se expandia: já realizava entregas em países vizinhos, como Itália e Inglaterra. Ao seu lado, a mulher e o filho de 20 anos gerenciavam o negócio. “Ele era um líder natural”, comenta Miguel Peponne, um amigo de infância de Hervé.
O Parisien destaca que fazia pouco mais de três meses que Hervé havia contratado Salhi, depois de firmar contratos com a Air Products, a fábrica de gás industrial atacada em Saint-Quentin Fallavier. Ao Figaro, Miguel contou ter presenciado diversas brigas entre os dois. “Eles não chegavam aos socos, mas o tom subia muito”, relatou.
Neste sábado, o prefeito da cidade organizou um minuto de silêncio em homenagem à vitima, em frente ao domicílio de Hervé. De mãos dadas, cerca de 300 pessoas participaram do gesto.
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