Confrontos entre polícia e manifestantes deixam ao menos 3 mortos no Egito
Violentos confrontos entre manifestantes e as forças de ordem resultaram em 3 mortos no Egito, nesta sexta-feira, dia 27 de dezembro. Ao menos 265 integrantes da confraria Irmandade Muçulmana, classificada pelas autoridades como um grupo terrorista desde o início desta semana, foram presos nos protestos que estão proibidos pelo governo.
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Desafiando a onda de repressão instaurada no Egito pelo governo militar, no poder desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho, opositores chamaram a população para protestar em massa nas ruas do país. As violências tiveram início depois das orações desta sexta. Os manifestantes se reuniram na capital Cairo e em outras cidades e enfrentaram a polícia, deixando três mortos e muitos feridos, de acordo com informações do ministério do Interior egípcio.
Os opositores utilizaram paus e pedras no violento conflito; já as forças de ordem alegam ter se defendido com gás lacrimogênio. Vários veículos foram incendiados. No Cairo, os protestos se estenderam até os dormitórios da universidade Al-Azhar, onde polícia e estudantes entraram em confronto. O porta-voz do ministério do Interior, Hany Abdel Latif, acusou os manifestantes de atacar os policiais com armas de fogo e bombas incendiárias.
Na madrugada de terça-feira, um carro-bomba explodiu próximo a complexo policial e deixou 15 mortos em Mansoura, no norte do país. Um outro atentado na quinta-feira de manhã deixou cinco feridos no norte do Cairo.
Logo depois do primeiro incidente, o governo classificou a confraria Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista nesta semana. O homem forte do país, o general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército, prometeu eliminar os criminosos e de restaurar a estabilidade no país que vive uma forte onda de repressão desde a destituição do presidente Mohamed Mursi, no dia 3 de julho.
A maioria dos líderes da Irmandade Muçulmana se encontra atrás das grades e a justiça pode condená-los a pena de morte. Já os outros manifestantes correm o risco de pegar até cinco anos de prisão.
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