Escritor Patrick Deville vence prêmio Femina com "Peste & Choléra"
A temporada de prêmios literários na França, que culmina com a atribuição do Goncourt, começou nesta segunda-feira com a concessão do prêmio Femina ao escritor Patrick Deville, de 54 anos, por seu livro "Peste & Choléra", editado pela Seuil.
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O livro narra a epopeia fantástica sobre o destino de um homem excepcional, Alexandre Yersin, cientista do Instituto Pasteur que parte de Paris para os locais mais longínquos do planeta e em uma de suas expedições descobre o bacilo da peste. O herói do romance já trabalha com a tuberculose e a difteria, quando decide partir em viagem à China, ao Golfo de Aden e à Madagascar para aprofundar suas pesquisas no terreno. Depois de ter descoberto a toxina da difteria, em uma de suas viagens à Ásia Yersin descobre o bacilo da peste durante a grande epidemia de Hong Kong, em 1894. Em Canton, Yersin se torna o primeiro médico a curar um doente contaminado pela peste.
O livro de Patrick Deville já tinha sido coroado com o prêmio do romance Fnac 2012 e concorre a outras duas premiações de prestígio na França, o Goncourt e o Renaudot. Para escrevê-lo, Deville consultou milhares de correspondências trocadas entre pesquisadores do Instituto Pasteur no final do século XIX. Viajante apaixonado e de estilo cosmopolita, o autor francês estudou literatura e filosofia antes de se tornar escritor. Como o personagem central de seu romance, Deville viveu em vários países da Ásia, África e América Latina.
O prêmio Femina de literatura estrangeira foi atribuído à americana Julie Otsuka pela obra "Certaines n'avaient jamais vu la mer" (editora Phébus), uma novela dolorosa sobre o exílio de milhares de jovens japonesas que partiram no início do século passado do Japão para a Califórnia, para se casar com homens da mesma origem que elas não conheciam.
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