Um mês após início dos combates, rebeldes resistem em Aleppo
Um mês depois do início da batalha de Aleppo, no norte da Síria, os rebeldes continuam a resistir aos ataques das forças do governo de Bashar al-Assad. Nesta segunda-feira, o exército oficial voltou a bombardear os bairros rebeldes de Boustane al-Kasr e Boustane al-Bacha.
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Hoje, segundo informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos 44 pessoas, sendo 20 civis morreram. Segundo esse balanço provisório, 13 soldados e 11 rebeldes morreram hoje. No domingo, foram 84 mortos.
Combates violentos também continuam na capital Damasco. Um bombardeio pela manhã na cidade deixou três mortos e 20 feridos. No sul do país, a cidade de Herak vive uma situação catastrófica, segundo testemunhas. "Os ataques mortais que atingem em Herak nesses últimos três meses impedem o abastecimento de alimentos e de remédios e provocam uma catástrofe humanitária", declarou o Conselho Nacional Sírio.
Mesmo com os combates, o presidente Bashar al-Assad fez uma aparição surpresa numa mesquita de Damasco ontem. Ele participou das comemorações do fim do Ramadan, mês de jejum do calendário religioso muçulmano, que terminou neste domingo.
Para diversos analistas, a escalada da violência na Síria pode tornar o país ingovernável. Após um ano e meio de combates violentos entre os opositores do regime e o governo, as tensões aprofundam os conflitos étnicos no país que tem maioria sunita, mas que também possui minorias cristãs, curdas e uma forte comunidade alauíta, etnia do presidente al-Assad.
Cada vez mais isolado no âmbito internacional, al-Assad poderia justamente usar essas tensões étnicas para se manter no poder. “Para sobreviver, Assad seus generais alauítas farão tudo para tornar a Síria no Líbano. Ou seja, um país dividido onde nenhuma comunidade consegue governar", escreve Joshua Landis, especialista em história do Oriente Médio da Universidade de Oklahoma no blog "Syria Comment".
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