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Mali

ONU alerta que norte do Mali é refúgio de terroristas

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon alertou ontem que os extremistas islâmicos que controlam quase dois terços do país representam uma grande ameaça para a região que se tornou um "refúgio de terroristas".

Membros do grupo terrorista MUJWA, ligado à Al Qaeda, em Gao, no norte do Mali.
Membros do grupo terrorista MUJWA, ligado à Al Qaeda, em Gao, no norte do Mali. REUTERS/Stringer
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O líder das Nações Unidas, Ban ki-Moon, também lembrou que os grupos instalados no norte do Mali também impõem uma intepretação radial de leis islâmicas à população local, levando pânico e insegurança. Em um discurso diante do Conselho de Segurança, Ban-Ki Moon declarou que o conflito no país africano ultrapassou os conceitos de "perigo humanitário".

Em Bamako, a capital do Mali, começa hoje uma reunião de cinco dias da Cedeao, (Comunidade Econômica dos Estados da África do Oeste). O objetivo é obter um mandato das Nações Unidas para o envio de tropas para tentar estabilizar a capital do Mali e, num segundo momento, ajudar o exército a combater separatistas no norte do país.

A Cedeao defende o envio de 3000 homens para o Mali. No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU apoiou os esforços políticos dos países da região para tentar impedir a ação dos extremistas do norte do Mali. O órgão, porém, não deu seu aval para o envio de tropas. Salamatu Hussaini Suleiman, comissário da Cedeao para assusntos políticos, disse que a instituição rpecisa de um pedido formal de ajuda do governo do Mali para proceder aos trâmites necessários para a formação de uma força de paz.

Suleiman enfatizou a urgência e a gravidade da situação no Mali. “A cada dia em que adiamos uma ação concreta, nós oferecemos aos terroristas e às redes criminosas a oportunidade de se instalarem, de cometerem crimes graves e de agravarem o desespero da população do norte [do país]”, afirmou.

Em março deste ano, o governo do Mali sofreu um golpe de Estado, que enfraqueceu o poder central e permitiu a expansão dos extremistas islâmicos ligados a Al Qaeda e a outras organizações terroristatas e rebeldes tuaregues no norte do Mali. Além da grave crise política, o Mali também sofre com uma crise alimentar que afeta pelo menos 4 milhões de pessoas.

 

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