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Mali

Islâmicos continuam destruição de patrimônio no Mali

Islâmicos que controlam Timbuktu, no norte do Mali, destruíram nesta segunda-feira a entrada da mesquita Sidi Yayia do século 15. No final de semana, os radicais atacaram sete mausoléus de entidades islâmicas. Para os integrantes do Ansar Dine (Defensores da Fé), esses monumentos são símbolo de idolatração.

A mesquita Djinguereber em Timbuktu, Mali.
A mesquita Djinguereber em Timbuktu, Mali. Wikimedia Commons
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Siki Yayia é uma das três grandes mesquitas de Timbuktu, construída numa época de ouro quando a cidade era um cruzamento de rotas no deserto e um centro de estudos para difusão do islamismo. As três mesquitas formavam a chamada “universidade” de Timbuktu, também conhecida como “cidade dos 333 santos”, pois abriga 16 cemitérios e mausoléus históricos.

O Ansar Dine iniciou a escalada de destruição após a inclusão de Timbuktu na lista da UNESCO de patrimônios da humanidade em perigo. A promotoria do Tribunal Penal Internacional alertou que a destruição dos monumentos pode ser considerada um crime de guerra.

Em apenas alguns meses, o Mali, no oeste da África, considerada como uma das democracias mais estáveis da região, mergulhou num caos violento após um golpe de separatistas. No dia 22 de março, os rebeldes tuaregues, descendentes dos fundadores de Timbuktu no século 5, tomaram o poder numa área maior que a França, território que consideram como sua terra natal. O grupo Ansar Dine, que até então estava do lado dos tuaregues, resolveu tomar a liderança da revolta, em aliança aberta com a rede Al-Qaida.

A comunidade internacional teme que a vasta área de deserto se transforme num terreno fértil para a atividade terrorista. Os radicais ameaçam retaliar todo país que se aliar numa possível intervenção de força no Mali.
 

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