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França / Defesa dos Animais / Manifestação

Marcha em Paris reúne milhares em defesa dos animais

Milhares de defensores de animais e ativistas veganos marcharam neste sábado (8) pelas ruas de Paris para exigir o fechamento de todos os matadouros do país, respondendo ao apelo da associação “anti-carne” L214.

Estátua da Marianne na Place de la Republique é borrifada com sangue falso por ativistas, 08/06/2019
Estátua da Marianne na Place de la Republique é borrifada com sangue falso por ativistas, 08/06/2019 Dominique FAGET / AFP
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Uma marcha vermelha. Essa era a cor das camisetas usadas pelos manifestantes, 3 e 4 mil pessoas de acordo com os organizadores. A caminhada começou no início da tarde na Place de la République ao som dos tambores e gritos de "Parem o pesadelo, fechem os matadouros" ou ainda "Basta, chega de derramar sangue".

Galinhas, patos, gansos, vacas e porcos adornavam as placas, que diziam: "Por trás de cada pedaço de carne, há um ser sensível". Bandeiras do Partido animalista assim como as de associações de luta pelo bem-estar animal, como Action Antispeciste e One Voice, também foram agitadas durante o protesto.

Antes do início da marcha, a estátua representando Marianne, no centro da praça, foi borrifada com sangue falso por uma dúzia de ativistas que acabaram presos pela polícia, sem opor resistência. "Estamos aqui para dizer que não é porque um ser é diferente de nós que é menos valioso, mas hoje, infelizmente, parece que o prazer gastronômico é mais importante do que a vida animal", disse Hugo Bouxom, um dos líderes da L214.

"Já chegamos a um consenso sobre a questão do bem-estar animal. Todos sabem que é preciso abolir as piores práticas, como a criação de galinhas em gaiolas ou os longos períodos de transporte de animais em barcos e caminhões ", acrescentou.

Holocausto

Ativistas da associação “Boucherie Abolition”, que lutam pelo fim da pecuária, também estiveram presentes na marcha, denunciando o que chamam de "holocausto", "um crime pela humanidade" ou "genocídio". Em maio, ativistas desta associação foram presos e colocados sob custódia após roubos e degradações cometidos em várias fazendas, durante uma ação para libertar animais.

"Nós denunciamos a violência policial, a violação da liberdade de expressão, o crime de sequestro, de eugenia, de engorda", afirmou a porta-voz do movimento anti-espécie, Solveig Halloin.

Nos últimos meses, atos de vandalismo estão aumentando contra açougues e lojas de alimentos. Na última terça-feira (4) dois ativistas foram condenados a três e seis meses de prisão, respectivamente. Os ativistas anti-espécie se opõem a qualquer hierarquia entre espécies, julgados pelo ataque de um açougue no início de maio em Paris.

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