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França/Terrorismo

Ameaça terrorista nunca esteve tão alta na França

As ameaças de ataques terroristas contra a França aumentaram depois que o país entrou na coalizão internacional que luta contra o grupo Estado Islâmico no Iraque, em setembro de 2014. A vigilância foi reforçada, mas não conseguiu evitar o ataque sangrento da manhã desta quarta-feira (7) contra o jornal Charlie Hebdo que deixou 12 mortos, em Paris. Em dezembro, o país foi palco de três ataques isolados, sendo que apenas um deles teria relação com o islamismo radical.

Investigadores buscam pistas dos autores do atentado contra o jornal satírio Charlie Hebdo, nesta quarta-feira (7), em Paris.
Investigadores buscam pistas dos autores do atentado contra o jornal satírio Charlie Hebdo, nesta quarta-feira (7), em Paris. REUTERS/Philippe Wojazer
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Desde agosto de 2013, a polícia francesa frustrou cinco tentativas de atentados contra o país, segundo o balanço da luta contra as redes que recrutam jihadistas franceses para combater na Síria e no Iraque. “Como os outros países europeus, a França está diante de uma ameaça terrorista inédita”, aponta o texto, divulgado em dezembro, pela Direção Geral da Segurança Interior (DGSI), responsável pela segurança nacional.

Os cinco projetos de ataques contra o território francês foram idealizados tanto por pessoas que tinham combatido na Síria ou no Iraque, quanto por cidadãos que nunca deixaram a França. O documento diz que 13 redes de recrutamento de jihadistas foram desmanteladas nos últimos 16 meses.

Ataques de dezembro

Em dezembro, a França foi palco de três ataques isolados. O primeiro deles aconteceu em 20 de dezembro. Um homem armado com uma faca invadiu uma delegacia de Joué-lès-Tours, no oeste do país e feriu quatro policiais aos gritos “Allah Akbar” (“Deus é grande"). Ele foi abatido após o atentado. No dia seguinte, um homem lançou seu carro contra um grupo de pedestres em Dijon. Treze pessoas ficaram feridas. Em 22 de dezembro, a cena se repetiu em Nantes. O atropelamento voluntário contra os visitantes de uma feira de Natal, deixou um morto.

Na época, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que a ameaça terrorista nunca esteve tão alta na França e fez um apelo pela "vigilância" e a "união" da população. Mas a série de incidentes reforçou o medo de atentados terroristas de jihadistas franceses que se juntaram ao grupo Estado Islâmico e voltaram de combates na Síria e no Iraque.

Históricos de atentados terroristas na França

O atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo é o pior da história da França. Em março de 2012, o jovem Mohamed Merah matou três militares, um professor e três alunos de uma escola judaica, na região de Toulouse. Ele foi morto pela polícia em 22 de março após 32 horas de cerco ao seu apartamento.

Em 25 de julho de 1995, uma bomba explodiu em um vagão de um trem de subúrbio na estação Saint-Michel, no coração de Paris, matando oito pessoas. O ataque foi atribuído aos extremistas islâmicos argelinos.

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