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França

Hollande recepciona padre e pede cautela aos franceses com sequestros

2014 começou cedo para o presidente francês François Hollande, que foi às 6h no horário local (3h de Brasília) recepcionar o padre francês Georges Vandenbeusch na base militar de Villacoblay, na região parisiense. O religioso foi libertado ontem no norte de Camarões, um mês e meio depois de ser sequestrado na mesma região pelo grupo extremista islâmico nigeriano Boko Haram.

François Hollande e o padre Georges Vandenbeusch, no aeroporto de Villacoublay, nesta quarta-feira, 1° de janeiro de 2014.
François Hollande e o padre Georges Vandenbeusch, no aeroporto de Villacoublay, nesta quarta-feira, 1° de janeiro de 2014. AFP PHOTO / JACQUES DEMARTHO
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O padre Vandenbeusch, de 42 anos, desembarcou sorridente em companhia do ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius, que foi até a cidade de Yaundé, capital política de Camarões, encontrar-se com o religioso logo após o anúncio de sua libertação.

O padre aparenta bom estado de saúde e garantiu que não foi maltratado em cativeiro. Ele foi acolhido por seus familiares e concedeu entrevista coletiva ao lado do presidente. Vandenbeusch declarou estar muito feliz com a volta à França. Ele agradeceu a todos que rezaram por ele e expressou sua solidariedade aos franceses que seguem em cativeiro. Atualmente, seis franceses permanecem sequestrados, dois na região do Sahel, na África, e quatro na Síria.

Hollande saudou a coragem e a lucidez do padre e fez um apelo para que os franceses sejam cautelosos nas zonas que apresentam risco de sequestro.

O governo francês negou mais uma vez, como se tornou tradição nos casos de sequestro, que tenha pago resgate. Em nota oficial, o Palácio do Eliseu agradeceu a colaboração do presidente de Camarões, Paul Byia, e das autoridades da Nigéria, destacando que o líder camaronês se empenhou pessoalmente para obter a libertação do padre.

Especialistas dizem que o comunicado da presidência francesa deve ser interpretado nas entrelinhas. O resgate do padre deve ter sido pago por Camarões, em troca de facilidades diplomáticas da França. Nos últimos tempos, com o aumento do número de sequestros de franceses, e pelo fato de a França ter ficado conhecida no mundo como um país que paga resgate por seus cidadãos, as autoridades têm procurado diversificar essa política, dando maior visibilidade à ação dos governos onde ocorreram os sequestros, principalmente quando eles acontecem na África. 

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