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França/ sequestro

Refém francês conseque escapar do cativeiro na Nigéria

O presidente francês, François Hollande, anunciou neste domingo a libertação de um refém francês na Nigéria, Francis Collomp, que estava sequestrado desde 19 de dezembro. O engenheiro aproveitou para escapar do cativeiro durante uma operação militar do governo nigeriano no local onde ele era mantido preso. Sob a escolta, Collomp foi de carro até a capital federal da Nigéria, Abuja, onde o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, o aguardava. Eles viajam para Paris ainda neste domingo.

Francis Collomp estava sequestrado desde dezembro do ano passado.
Francis Collomp estava sequestrado desde dezembro do ano passado. AFP PHOTO / SITE Intelligence Group
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Nesta manhã, Hollande divulgou um comunicado no qual exprimiu “toda a sua gratidão às autoridades da Nigéria (...) pela ação sua ação decisiva”. O presidente enviou o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, “imediatamente” ao país “para receber Francis Collomp”.

O engenheiro francês, de 63 anos, trabalhava na empresa Vergnet, especializada na distribuição de água potável e em energia eólica. Ele foi sequestrado em casa, no estado de Katsina, no norte, por cerca de 30 homens armados.

Na ocasião, os criminosos mataram dois seguranças e um vizinho de Collomp. O grupo islâmico Ansaru, dissidente do extremista Boko Haram, reivindicou a ação e evocou a presença militar da França no Mali e “a posição do governo francês contra o islã e os muçulmanos” como motivação para o sequestro. O grupo islamista Boko Haram promove uma insurreição armada contra o governo nigeriano.

Ontem, Collomp teria conseguido fugir durante uma troca de tiros entre o Exército nigeriano e membros do grupo que o mantinha refém. De acordo com uma fonte da agência de notícias AFP, a porta da cela do francês não estava trancada.

No final de setembro, os sequestradores haviam divulgado um vídeo do refém no qual ele lia um texto em inglês e pedia aos governos francês e nigeriano para abrirem negociações com o Ansaru para viabilizar a sua libertação.

“Soube da notícia pela boca do presidente, que me ligou do seu avião durante a viagem para Israel. É um imenso alívio”, declarou Denis Collomp, irmão do ex-refém. “Fiquei de boca aberta. Ainda não consigo acreditar. É muita alegria », conta Anne-Marie Collomp, esposa da vítima.

Em seu comunicado hoje, Hollande “comemora com alegria” a libertação e observa que “a França não cessou de fazer todos os esforços para chegar a este fim feliz”. “Esta notícia tão esperada não nos faz esquecer que sete dos nossos compatriotas ainda estão mantidos reféns na Síria, no Mali e na Nigéria”, acrescentou o presidente. “A França vai continuar insistentemente a trabalhar pela liberdade deles.”

 

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