Primeira-dama francesa vai continuar trabalhando como jornalista

A primeira-dama francesa, Valérie Trierweiler, vai continuar escrevendo para a revista Paris Match. A jornalista, que havia exprimido sua vontade de continuar trabalhando, apesar das funções de seu companheiro François Hollande, deve produzir pelo menos duas reportagens mensais para a editoria de Cultura da publicação.

Valérie Trierweiler, primeira-dama francesa. REUTERS/Olivier Douliery/Pool

O contrato da jornalista Valérie Trierweiler com a revista Paris Match, para quem trabalha desde 1989, não será suspenso, apesar de sua nova função de primeira-dama francesa. A mulher de François Hollande, que escrevia para a editoria de política da publicação semanal, havia sido afastada da redação após tornar pública sua relação com o líder socialista. No entanto, durante esse período, ela continuou trabalhando a distância.

Segundo Olivier Royan, diretor da revista, a primeira-dama vai contribuir com dois ou três textos por mês. “Essa é uma situação meio inédita, para a qual nós nos preparamos nas últimas semanas”, disse o executivo. No entanto, Valérie Trierweiler, que havia exprimido seu desejo de retomar sua carreira profissional logo após a vitória de Hollande, deixará as páginas políticas para fazer entrevistas, críticas de livros e de exposições para a editoria de cultura.

O diretor da redação explica que a jornalista foi afastada para evitar qualquer suspeita de tráfico de influência. Mas para ele, Valérie Trierweiler é um elemento importante para a redação e “sabe distinguir as coisas”. No início de março, ainda durante a campanha, a atual primeira-dama reclamou da publicação de uma foto sua na capa de Paris Match. A revista publicou um perfil sobre ela sem consultá-la.