França deve se tornar primeiro país a proibir exploração do gás de xisto
A França está prestes a se tornar o primeiro país no mundo a proibir a exploração do gás de xisto feita a partir da técnica chamada de quebra ou fracionamento hidráulico. O Senado francês deve aprovar, nesta quinta-feira, projeto de lei que prevê a proibição do método, desenvolvido recentemente por indústrias, principalmente norte-americanas.
Publicado em: Modificado em:
Apresentado como uma alternativa de transição ao petróleo rumo a fontes mais limpas de energia, o gás de xisto está agora na mira dos ecologistas. Estudos recentes indicam que a extração do gás pela técnica chamada de quebra hidráulica pode ser prejudicial ao meio ambiente.
Ao contrário dos gases convencionais, o gás de xisto é extraído a partir de um procedimento de perfuração horizontal que utiliza enormes quantidades de água, areia e produtos químicos injetados a uma forte pressão e em profundidade para a liberação do gás.
Uma das principais preocupações é que o processo contamine a água de lençóis freáticos, que se torna imprópria para o consumo. Um estudo publicado em abril pelo instituto norte-americano Climatic Change também indicou que grandes quantidades de gás metano são liberadas com a quebra hidráulica e não são aproveitadas no processo, vazando para a atmosfera.
No ano passado, o governo francês concedeu licenças de exploração do gás, mas, de acordo com a nova legislação, os industriais terão, agora, que provar que a extração será feita por outra técnica e não pela quebra hidráulica.
Nos Estados Unidos, o gás de xisto atinge hoje mais de 20 por cento da produção energética nos e pode ultrapassar os 50% até 2030.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro