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França fiscaliza restaurantes para evitar riscos de intoxicação alimentar durante Jogos Olímpicos

Faltando pouco mais de 100 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024, as autoridades sanitárias da França iniciaram nesta sexta-feira (12) a fiscalização de restaurantes na região parisiense para evitar riscos de “intoxicação alimentar coletiva" durante o evento.  

A cozinha do château de Saint-Ouen, que funciona como um conservatório de música, mas será adaptado para ser o QG do Time Brasil durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Neste refeitório, os atletas da delegação do Brasil poderão comer arroz com feijão e um menu preparado por nutricionista brasileira.
A cozinha do château de Saint-Ouen, que funciona como um conservatório de música, mas será adaptado para ser o QG do Time Brasil durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Neste refeitório, os atletas da delegação do Brasil poderão comer arroz com feijão e um menu preparado por nutricionista brasileira. © Luiza Ramos\RFI
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Esta é considerada "uma das grandes ameaças" aos Jogos, de acordo com o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, que visitou um restaurante em Saint-Ouen, na região de Seine-Saint-Denis, na fronteira norte com Paris.

A cidade abriga parte da Vila Olímpica e fica perto do Stade de France, que vai sediar as provas de atletismo e o rugby olímpico, além do novo Centro Aquático e da Arena Paris Nord. No local serão realizadas as competições de boxe e pentatlo moderno.

Para evitar que atletas e visitantes sejam vítimas de gastroenterites após uma refeição em um bar ou restaurante, as autoridades francesas aumentaram os controles sanitários em torno dos futuros locais olímpicos.

Uma “intoxicação alimentar coletiva" é tratada como "um dos níveis de risco mais elevados” em torno da organização dos Jogos Olímpicos de Paris, "já que põe em risco a organização das competições, caso os atletas fiquem doentes", de acordo com o gabinete do ministro da Agricultura, Marc Fesneau, que poderia "por em risco a reputação da França".

O Estado também pretende fiscalizar, antes do início dos Jogos, “todos os estabelecimentos” que servirão alimentação dentro das instalações olímpicas.

“Seria bastante delicado se tivéssemos várias centenas de milhares de pessoas que adoecessem ao mesmo tempo devido às refeições servidas pelos prestadores de serviços” dos Jogos Olímpicos, que acontecem de 26 de julho a 11 de agosto, e dos Jogos Paralímpicos, de 28 de agosto a 8 de setembro, observa Marc Fesneau.

Segundo estimativas, 13 milhões de refeições ou lanches serão servidos apenas nas instalações dos locais certificados para as Olimpíadas.

O Estado também promete “controlar quase todos os estabelecimentos próximos” aos locais olímpicos, incluindo restaurantes, bufês, padarias e lanchonetes.

Desde o início do ano, “já foram realizados 1.500 controles” neste contexto na região da Île-de-France, onde fica Paris.

Ao todo, 142 agentes do Estado são responsáveis ​​por este tipo de controle nos departamentos que receberão os eventos olímpicos, que contarão com análises feitas  em laboratórios determinados pelo governo.

Saint-Ouen: a casa do Brasil

A fiscalização dos restaurantes na região metropolitana começou por Saint-Ouen, que também é a sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para os Jogos Paris 2024. A prefeitura local fez uma parceria com o COB para ser a sede da comitiva técnica e dos 155 atletas nacionais já classificados para o evento, além dos que ainda possam conseguir vagas para competir na França.

A prefeitura de Saint-Ouen dividiu os custos de € 400 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) das instalações com o COB.

Em entrevista à RFI, o prefeito de Saint-Ouen, Karim Bouamrane, falou sobre as melhorias no município, que antes dos Jogos tinha fama de ser um dos mais pobres da região metropolitana. "Antes, Saint-Ouen era uma cidade de passagem, agora as pessoas vêm se instalar aqui, graças aos Jogos", diz. 

"Os Jogos nos deram oportunidade de melhorar a oferta de emprego, isso se chama progresso compartilhado", completa o prefeito. Ele cita a herança que os Jogos vão deixar na cidade: "1.000 apartamentos, um parque, uma escola, uma creche, 30 lojas e, principalmente, o transporte público que chegará até aqui, através das linhas 14 e 15, 16 e 17", comemora. 

(Com RFI e AFP)

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