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Furacão Belal deixa um morto na Ilha da Reunião, mas estragos são menores do que esperado

A ilha francesa da Reunião, localizada no Oceano Índico, teve, nesta segunda-feira (15), uma diminuição no nível de emergência, passando do alerta violeta para o vermelho. Com isso, os serviços emergenciais, como bombeiros e equipes de resgate, já podem circular. Apesar da morte de uma pessoa, as autoridades acreditam que o furacão Belal foi menos “catastrófico” do que o esperado.

Apesar de o alerta ter passado de violeta para vermelho, o governo orienta que a população deve continuar confinada.
Apesar de o alerta ter passado de violeta para vermelho, o governo orienta que a população deve continuar confinada. AFP - RICHARD BOUHET
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O pior parece ter ficado para trás na Ilha da Reunião. Fazia 10 anos que o território francês ultramarino não era afetado por um furacão destas proporções. Na noite de domingo, 870 mil habitantes precisaram ser confinados e um alerta violeta foi lançado pela Defesa Civil.

Às 13h (6h em Brasília) desta segunda-feira, a ilha voltou ao alerta vermelho, e os serviços de socorro puderam sair para prestar atendimento à população e analisar os estragos. 

Nathalie Faucher é professora de português na ilha e vive na cidade de La Possession. Ela disse à RFI que o ciclone trouxe ventos muito fortes ao norte do território, especialmente em Saint Denis, mas que seu enfraquecimento acabou evitando uma tragédia.

"Onde eu moro está tudo tranquilo. Houve, hoje de manhã, rajadas de vento muito fortes. Estamos esperando para ver o que vai acontecer. Em outras partes da ilha, o vento está muito mais forte, mas digamos que o pior cenário que as previsões metereológicas previam é que o furacão atravessaria a ilha do noroeste ao sudeste e isso não aconteceu, o furacão contornou a ilha", explicou.

Ao menos 100 mil pessoas ficaram sem eletricidade e toda a população deve continuar confinada pelo menos até a terça-feira (16) de manhã. Muitas casas ficaram sem telhado e pelo menos uma pessoa em situação de rua morreu.

Nathalie Faucher espera agora o fim do confinamento para começar a limpar os estragos. As autoridades temem ainda o aumento do nível das águas dos rios e fortes ondas no mar.

O ciclone Belal segue agora em direção às Ilhas Maurício.

Uma pessoa morreu

Após atingir a Ilha da Reunião por volta das 9h locais, provocando fortes chuvas e rajadas de vento, o ciclone desviou finalmente o seu curso sem regressar ao interior do território. A mudança de trajetória se deu, “provavelmente, por efeito do relevo proeminente da ilha”, segundo a administração regional.

O órgão confirmou a morte de “um morador de rua que não se abrigou” em Saint-Gilles (oeste) e recusou o alojamento de emergência oferecido. Segundo a polícia local, as causas da morte ainda são desconhecidas.

“Permaneceremos na sua zona de influência durante a tarde, estão previstas rajadas de 140 km/h a 160 km/h. Em termos de precipitação, são esperadas chuvas constantes ao longo da tarde”, especificou Céline Jauffret, diretora inter-regional da Météo-France.

Os prefeitos de Port e La Possession, duas cidades no noroeste da ilha, disseram à AFP que nenhum dano significativo foi relatado, mas as chuvas já causaram inundações com aumento do nível das águas de vários rios.

(Com RFI e AFP)

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