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Marselha recebe "o papa dos migrantes", destaca a imprensa francesa

Os jornais franceses desta sexta-feira (22) abordam a visita de dois dias do papa Francisco ao sul da França. A viagem reitera a prioridade do líder da Igreja Católica em relação ao drama dos migrantes que arriscam suas vidas no Mediterrâneo.

O Papa Francisco posa para uma foto com um grupo de refugiados que ele convidou para se juntar a ele nos degraus da Basílica de São Pedro e segurando uma faixa onde se lê: "Os refugiados para o futuro juntos" durante a audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, quarta-feira, 22 de junho de 2016.
O Papa Francisco posa para uma foto com um grupo de refugiados que ele convidou para se juntar a ele nos degraus da Basílica de São Pedro e segurando uma faixa onde se lê: "Os refugiados para o futuro juntos" durante a audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, quarta-feira, 22 de junho de 2016. AP - Fabio Frustaci
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"Marselha receberá o papa dos migrantes" é a chamada de capa do jornal Le Parisien. O diário explica que o Sumo Pontífice vai celebrar uma missa para 57 mil pessoas no estádio Vélodrome, depois de participar do encerramento dos Encontros Mediterrâneos, um festival que mistura cultura e religião, com participação de 120 bispos. 

Desde 2014, 28 mil pessoas desapareceram tentando atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa, segundo a Organização Internacional para a Migração (OIM). 

"Eu saúdos os migrantes", escreve o jornal Libération ao lado de uma foto do papa Francsico, que "fez dos migrantes a causa do seu pontificado". A reportagem destaca que o líder religioso escolheu Marselha e que não vem fazer uma visita de Estado à França, tendo recusado um convite do presidente Emmanuel Macron para visitar Paris.

Francisco preferiu chamar atenção, às margens do Mediterrâneo, para o drama das famílias que se arriscam em viagens suicidas, na esperança de uma nova vida longe de seus países de origem, muitas vezes atingidos por guerras e desastres ambientais. 

O Libération ainda destaca o forte esquema de segurança de 5 mil policiais para a visita do papa, na presença do presidente francês e da primeira-dama Brigitte Macron. 

Fraturas humanas

O jornal Le Monde contextualiza que a cidade de Marselha "é indissociável das ondas de migração que a moldaram" e por isso será palco da segunda visita de Francisco à França. Em 2014, ele esteve em Estrasburgo, no leste do país, para uma visita ao Parlamento Europeu. 

Entretanto, segundo descreve Le Monde, a Europa, "berço do papado e centro de gravidade da instituição há centenas de anos, não é a prioridade de Francisco", que prefere conhecer de perto "as fraturas humanas em regiões distantes da Ásia, África e países pobres". 

O diário também destaca o encontro do papa com o presidente Emmanuel Macron, justo no momento em que o governo francês prepara o texto de uma nova lei de imigração. Porém, a mensagem que o papa vai passar em Marselha "será endereçada aos países do Mediterrâneo em geral", especialmente após o drama dos migrantes que desembarcaram em grande número na ilha italiana de Lampedusa.

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