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Revezamento da tocha olímpica começa na França, após ser acolhida em 'cerimônia histórica' em Marselha

O périplo da tocha olímpica pela França começou quinta-feira (9) em Marselha, 770 quilômetros ao sul de Paris, em frente à emblemática basílica de Notre-Dame de la Garde, símbolo da cidade. Ausência de Zidane e "fervor popular" marcaram a 'cerimônia histórica' de recepção da chama no dia anterior. 

O revezamento da tocha olímpica começou logo cedo na cidade de Marselha, no sul da França.
O revezamento da tocha olímpica começou logo cedo na cidade de Marselha, no sul da França. © Pierre-René Worms
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Dezenas de pessoas foram até a basílica, que fica no alto de uma colina, para testemunhar a largada. Basile Boli, ex-jogador do Olympique de Marseille, foi o primeiro a conduzir a tocha que chegará no dia 26 de julho a Paris para a cerimônia de abertura da Olimpíada.

Boli, que marcou o gol da única vitória de um clube francês, o Olympique de Marseille (OM), na Liga dos Campeões, na final em 1993, iniciou o revezamento às 8h20 (em Paris, 3h20 da madrugada em Brasília).

Vestido de branco como todos os portadores da tocha, ele entregou a chama olímpica com um beijo a Colette Cataldo, 83 anos, uma das mais antigas torcedoras do clube. A chama continuou então seu percurso, sendo recebida e saudada por centenas de pessoas, nas ruas e também nas janelas dos prédios. 

A tocha passará pelas ruas e bairros mais emblemáticos da cidade, terminando a jornada no início da noite, no Estádio Vélodrome. 

Durante todo o dia, personalidades locais se revezarão para carregá-la, entre elas o comediante Redouane Bougheraba, o chef três estrelas Michelin, Alexandre Mazzia, e o cantor Soprano, além de vários atletas, como os ex- jogadores do OM Jean Pierre Papin, Éric Di Meco, Valentin Rongier e Didier Drogba. 

“A largada é importante no esporte”, disse Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024. "Começamos bem, agora vamos! Vamos proporcionar esses momentos de celebração e emoção todos os dias", com 11 mil portadores da tocha, em mais de 400 cidades da França.

Como esperado, um importante esquema de segurança foi mobilizado para proteger a tocha e seus portadores durante todo o percurso. 

Colette Cataldo recebe a tocha olímpica do ex-jogador de futebol francês Basile Boli durante o revezamento que teve início em Marselha, França, em 9 de maio de 2024.
Colette Cataldo recebe a tocha olímpica do ex-jogador de futebol francês Basile Boli durante o revezamento que teve início em Marselha, França, em 9 de maio de 2024. © Benoit Tessier / Reuters

Chegada histórica

Nesta quinta-feira (9), a imprensa repercutiu o sucesso da cerimônia para receber a chama olímpica na França. Com um público que superou a expectativa, o jornal Le Monde enfatizou que o evento em Marselha foi “um dia de fervor popular” que "ajuda a levantar o astral". 

Ao invés das 150 mil esperadas, cerca de 230 mil pessoas, segundo a Prefeitura de Marselha, assistiram à celebração para acolher a chama no antigo porto da cidade.

O jornal Le Monde destacou que o início do show do rapper Alonzo precisou ser atrasado porque algumas pessoas tiveram que ser atendidas, após um empurra-empurra. Uma linha de policiais da tropa de choque foi posicionada para impedir que houvesse confusão. Mesmo assim, de acordo com a imprensa, o evento foi um sucesso.

O diário Le Figaro destacou em seu site a ausência do craque Zidane, na chegada da chama olímpica em sua cidade natal. O ídolo e ex-jogador da seleção francesa seria um dos portadores da tocha, mas foi substituído pelo rapper francês Jul.

O jornal descreveu ainda a beleza da cerimônia que teve com um dos pontos altos as acrobacias dos aviões da Patrulha da França da Força Aérea, que desenharam os anéis olímpicos no céu da cidade, além da queima de fogos de artifício. As coreografias foram "perfeitas, acompanhadas por um clima alegre”, disse o jornal. 

Já o Le Parisien destacou o revezamento inicial entre o nadador francês, medalhista em Londres 2012, Florent Manaudou, e a campeã paralímpica de atletismo Nantenin Keïta, seguido do rapper Jul que foi o escolhido para acender a pira olímpica. 

O nadador francês Florent Manaudou segura a chama Olímpica no "Belem", um veleiro de três mastros, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
O nadador francês Florent Manaudou segura a chama Olímpica no "Belem", um veleiro de três mastros, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 REUTERS - Denis Balibouse

Percurso da tocha

A França quer aproveitar a revezamento para destacar lugares emblemáticos de sua história, como o Palácio de Versalhes e as praias que foram palco do "dia D", o desembarque de tropas na Normandia em 1944, que marcou o início da libertação do país dos nazistas. 

A tradição culinária também será homenageada, com a passagem da tocha pelos vinhedos mais prestigiosos do mundo, como os de Saint-Émilion e Chablis, assim como a legado cultural do país, com a subida das escadarias do Festival de Cannes.  

A tocha atravessará também os Oceanos Índico e Pacifico para chegar aos seis territórios ultramarinos franceses: Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Polinésia Francesa, Nova Caledônia e Ilha da Reunião. 

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