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Protestos em Paris e arredores provocaram o equivalente a R$ 100 milhões em estragos nos transportes

Os confrontos urbanos já provocaram pelo menos € 20 milhões em estragos (cerca de R$ 100 milhões) nos transportes públicos da região parisiense desde o início dos protestos desencadeados após a morte de um adolescente baleado por um policial, há uma semana. O primeiro balanço foi divulgado pelas autoridades francesas nesta segunda-feira (3).

Ônibus incendiado em Nanterre em protesto contra a morte de um adolescente baleado por um policial durante uma blitz.
Ônibus incendiado em Nanterre em protesto contra a morte de um adolescente baleado por um policial durante uma blitz. AP - Lewis Joly
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De acordo com a IDFM, órgão responsável pelo transporte urbano na região Ile-de-France, onde fica a capital, a soma leva em conta os ônibus queimados e o equipamento urbano destruído pelos manifestantes. No total, 39 ônibus foram incendiados nos arredores de Paris, boa parte deles estavam em duas garagens atacadas durante a noite.

Diante do receio de novos protestos violentos, as autoridades decidiram manter suspensa a circulação de ônibus e bondes a partir das 21h, uma medida implementada no âmbito nacional na noite de sexta-feira (30). A IDFM afirma que a iniciativa visa "preservar a segurança dos agentes [motoristas e ficais] e dos passageiros”, mesmo se a intensidade das manifestações diminuiu.

Os protestos violentos começaram na terça-feira (27) nos arredores de Paris e se espalharam pelo país após a morte no mesmo dia de Nahel, um rapaz de 17 anos, baleado à queima-roupa por um policial durante um controle de trânsito em Nanterre, a oeste da capital.

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que um policial aponta uma arma para o motorista, que dirigia sem carteira de habilitação. Em seguida, o jovem acelera e o policial atira, o atingindo no tórax. O veículo avança por alguns metros, antes de colidir com um poste. Nahel morreu em poucos minutos, apesar da intervenção do Samu.

Uso excessivo da força

A Justiça decretou a prisão preventiva por homicídio doloso do autor do disparo, um policial de 38 anos. O Ministério Público considerou que o uso de sua arma não foi legalmente justificável.

A polícia francesa é frequentemente acusada de uso exagerado da força em manifestações, mas também em algumas blitz. Diversos episódios de violência cometidos por policiais foram denunciados nos últimos anos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, criticou nesta sexta-feira "a instrumentalização inaceitável da morte de um adolescente", e anunciou "mais recursos" para conter a onda de tumultos na França.

(Com informações da AFP)

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