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Caso Nahel: França critica acusação da ONU e nega que sua polícia é racista

A França considerou "totalmente infundada" a acusação do Alto Comissariado das Nações Unidas pelos Direitos Humanos, nesta sexta-feira (30), de "discriminação racial dentro da polícia". O órgão da ONU havia se pronunciado após a morte de um adolescente durante uma blitz policial nos arredores de Paris.

Manifestante atravessa uma rua enquanto patrulha policial tenta controlar vandalismo durante protestos após morte de adolescente durante blitz nos arredores de Paris.
Manifestante atravessa uma rua enquanto patrulha policial tenta controlar vandalismo durante protestos após morte de adolescente durante blitz nos arredores de Paris. AP - Aurelien Morissard
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A porta-voz do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani, havia dito que "é hora do país se debruçar seriamente sobre os problemas profundos de racismo e discriminação racial na polícia." 

Ela também frisou que esta não é a primeira vez que as polícias militar e civil francesas recebem críticas por visar, de maneira "desproporcional", algumas minorias. Quase 900 pessoas foram presas nos protestos na noite de quinta-feira (29) para sexta-feira (30).

"Qualquer acusação de racismo ou discriminação sistêmicas pela polícia francesa é totalmente infundada", reagiu o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado, poucas horas mais tarde.

"O último exame periódico universal a que fomos submetidos é a prova disso", ressaltou o ministério, acrescentando que "a polícia luta com determinação contra o racismo" e todas as formas de discriminação. "Não há dúvidas em relação a esse compromisso", reitera o texto.

O governo anunciou que mobilizará veículos blindados da polícia militar para conter violência, saques e destruições dos equipamentos públicos após o assassinato do jovem Nahel durante uma blitz, na terça-feira (27).

Violência também atinge policiais

Diversas cidades são alvos de tumultos na França desde o drama, e o governo reforçou o dispositivo de segurança para conter os tumultos.

O ministério das Relações Exteriores também explicou que os policiais enfrentam com um grande profissionalismo situações e atos de extrema violência.

"O uso da força pela polícia civil e militar é determinado pelos princípios de absoluta necessidade e proporcionalidade e controla: 249 policiais foram feridos nos últimos dias", lembrou o ministério.

(Com informações da AFP)

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