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Para controlar uso de dinheiro público, 14 estados alemães adotam cartão de débito para refugiados

Catorze estados alemães chegaram a um acordo nesta quarta-feira (31) para criar um cartão de débito para refugiados que chegam ao país. O objetivo da iniciativa é controlar melhor o subsídio que até agora era pago em dinheiro aos migrantes e reduzir a imigração ilegal no país, que cresceu em 2023.

Refugiados em um centro de para migrantes em Schneeberg, na Alemanha, em 2015.
Refugiados em um centro de para migrantes em Schneeberg, na Alemanha, em 2015. AFP/DPA/Peter Endig
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Para o governo alemão, o aumento do número de imigrantes ilegais no país explica em parte a popularidade do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que lidera as pesquisas na preferência do eleitorado.

Segundo Boris Rhein, que preside atualmente a conferência dos chefes de governo de 16 estados alemães, o acordo visa evitar que a ajuda financeira dada aos refugiados, antes paga em dinheiro, saia do país e alimente redes criminosas, principalmente de tráfico de pessoas.

Até agora, os refugiados que chegavam à Alemanha, após serem atendidos nos centros de acolhimento, onde são alimentados e alojados, recebiam € 182 euros mensais para as suas necessidades pessoais.

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De acordo com a oposição conservadora alemã, uma boa parte desse dinheiro foi enviada para o exterior e o sistema também teria incentivado os estrangeiros a virem para a Alemanha.

O novo cartão será adotado no próximo verão europeu e só funcionará dentro do país. Os refugiados poderão usá-lo para fazer compras de bens de primeira necessidade nas lojas, mas o dinheiro não poderá ser transferido.

Diversas manifestações ocorreram na Alemanha para prostestar contra o terrorismo de extrema direita.
Diversas manifestações ocorreram na Alemanha para prostestar contra o terrorismo de extrema direita. REUTERS/Kai Pfaffenbach

Scholz sob pressão

Apenas dois estados preferiram não seguir esta iniciativa, incluindo a Baviera. As duas regiões devem em breve adotar medidas semelhantes, mas sem aplicar os mesmos critérios.

A imigração está no centro dos debates da Alemanha, onde a extrema direita ganha cada vez mais popularidade, o que preocupa o governo do chanceler Olaf Scholz.

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