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Polônia e Ucrânia anunciam primeiro acordo sobre envio de grãos à Lituânia

A Polônia e a Ucrânia anunciaram esta terça-feira (3) que chegaram a um acordo sobre um primeiro passo para resolver a disputa sobre os grãos ucranianos que permitirá acelerar o trânsito de carregamentos para países terceiros, avançando na disputa comercial entre os dois aliados.

Grãos no porto de Izmail, Odessa, Ucrânia, 22/07/23.
Grãos no porto de Izmail, Odessa, Ucrânia, 22/07/23. AFP - STRINGER
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“Chegamos a um acordo sobre uma questão importante”, disse o ministro da Agricultura polonês, Robert Telus, aos jornalistas após uma reunião online na qual a Lituânia participou.

Telus indicou que os controles dos grãos enviados para a Lituânia, que deveriam ser realizados na fronteira entre a Ucrânia e a Polônia, serão realizados no território da Lituânia.

Este é o primeiro acordo entre a Polônia e a Ucrânia desde o início da crise diplomática, depois de Varsóvia ter declarado um embargo às importações da Ucrânia para proteger o seu mercado e os seus produtores.

O ministério da Agricultura ucraniano indicou que a decisão desta terça-feira “permitirá acelerar o trânsito pela Polônia”.

A invasão russa, em fevereiro de 2022, dificultou as rotas comerciais através do mar Negro e os países vizinhos da Ucrânia tornaram-se rotas principais para o trânsito de cereais ucranianos para África ou para o Médio Oriente.

Baixa nos mercados locais

Os países vizinhos da Ucrânia receberam um fluxo de cargas sem precedentes depois que a União Europeia suspendeu os direitos aduaneiros em maio de 2022 para facilitar o trânsito.

Mas devido a dificuldades logísticas, os grãos começaram a acumular-se nos países que fazem fronteira com a Ucrânia, o que afundou os preços do mercado local.

Em maio deste ano, a UE concordou em impor restrições temporárias às exportações ucranianas para a Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia para proteger os seus agricultores.

Mais tarde, Bruxelas levantou esta proibição, mas a Polônia, a Hungria e a Eslováquia contestaram a decisão e impuseram embargos unilaterais e a Ucrânia respondeu com um apelo à Organização Mundial do Comércio (OMC).

(com AFP)

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