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Kiev diz que cargueiros voltam a navegar em direção da Ucrânia, apesar de ameaças de Moscou

A Ucrânia anunciou no sábado (16) que dois cargueiros navegavam no Mar Negro em direção aos seus portos pela primeira vez desde o fim, em julho, do acordo de grãos com a Rússia. O pacto permitiu a exportação de produtos ucranianos desde o verão de 2022, apesar da invasão russa.

Um homem trabalha em um galpão de estocagem de trigo em Zhuriyka, na região de Kiev, na Ucrânia, em 10 de agosto de 2023.
Um homem trabalha em um galpão de estocagem de trigo em Zhuriyka, na região de Kiev, na Ucrânia, em 10 de agosto de 2023. © Efrem Lukatsky / AP
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“Os primeiros navios civis estão utilizando o corredor temporário para chegar aos portos ucranianos”, disse o ministro ucraniano da Infraestrutura, Oleksandr Kubrakov, no Facebook.

“Os navios cargueiros “Resilient Africa” e “Aroyat” confirmaram que estavam prontos para seguir a rota até ao porto de Chornomorsk para carregar quase 20 mil toneladas de trigo com destino à África e à Ásia”, afirmou, acrescentando em comunicado.

Segundo a informação que publicou, os dois cargueiros navegam "sob bandeira de Palau e sua tripulação é composta por cidadãos da Turquia, Azerbaijão, Egito e Ucrânia”.

Acordo de exportação de grãos bloqueado

Estes são os primeiros navios que se direcionam a portos no sul da Ucrânia desde meados de julho, apesar das repetidas ameaças de Moscou de atacar os barcos.

Em julho, a Rússia bloqueou o acordo de cereais assinado no verão de 2022 com Kiev, com o apoio da ONU e da Turquia para permitir, apesar da guerra, a exportação de cereais ucranianos, cruciais para a segurança alimentar global.

Desde então, a Rússia tem realizado uma campanha de bombardeios contra as infraestruturas portuárias e de cereais da Ucrânia, um meio, segundo Kiev, de impedir qualquer tentativa de exportação. Moscou, por sua vez, afirma ter atingido alvos militares.

“Em um mês”, “270 mil toneladas de grãos” foram destruídas em ataques russos, indicou Kubrakov em 23 de agosto.

Nesta fase, no sentido oposto – em direção ao Estreito de Bósforo – “cinco navios cargueiros utilizaram o corredor temporário” montado por Kiev, lembrou sábado o ministro.

(Com AFP)

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