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Autoridade Europeia não se opõe a uso do herbicida glifosato, mas reconhece riscos

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (Efsa) concluiu em um estudo publicado nesta quinta-feira (6) que o glifosato, um controverso herbicida, não apresenta "atribuição crítica preocupante" que impeça a renovação de sua autorização na União Europeia (UE). 

O Roundup, nome do glifosato comercializado pela Bayern, nas pratleiras de uma loja em São Francisco, Estados Unidos, em 24 de fevereiro de 2019.
O Roundup, nome do glifosato comercializado pela Bayern, nas pratleiras de uma loja em São Francisco, Estados Unidos, em 24 de fevereiro de 2019. AP - Haven Daley
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“Uma preocupação é definida como crítica quando afeta todas as utilizações propostas da substância ativa em avaliação”, especifica o comunicado da Efsa, o que impediria automaticamente a sua autorização ou a renovação da sua autorização.

No entanto, a Autoridade observa várias deficiências e questões pendentes, que "deverão ser levadas em consideração pela Comissão Europeia e pelos Estados-Membros" durante a próxima etapa. Ele também observa "alto risco a longo prazo em mamíferos" para metade dos usos propostos do glifosato.

Estudo esperado

Este estudo era muito esperado e foi apresentado nesta quinta-feira às autoridades europeias. Ele servirá de base para que a UE decida se renova ou não a autorização do herbicida por mais cinco anos. 

O alvará atual vai até 15 de dezembro. No total, o relatório, de 180 mil páginas que será tornado público em julho, se apoia em 2.400 pesquisas e contou com a participação de 90 peritos dos Estados-Membros, de acordo com a Efsa.

Câncer

O glifosato, mais conhecido pela marca comercial de sua patente, Roundup da Bayer (ex-Monsanto), é um herbicida não seletivo capaz de eliminar praticamente qualquer planta com a qual tenha contato. 

Ele foi classificado em 2015 como "um 'provável carcinógeno' para humanos" pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Uma carta foi entregue ao governo da França na quarta-feira (5) por mais de 15 ONGs ambientais, para pedir ao executivo que se oponha à renovação do alvará do agrotóxico. 

Em janeiro de 2022, cinco associações interpuseram um recurso contra o Estado Francês, para pedir que revisse processos de homologação de pesticidas

(Com informações da AFP)

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