Exército ucraniano avança no leste e reconquista Kupiansk, importante eixo de abastecimento russo
O Exército ucraniano anunciou neste sábado (10) que entrou em Kupiansk, no leste do país. A cidade, que fica a 120 km a sudoeste de Kiev, estava nas mãos dos russos desde o começo da ofensiva, em 24 de fevereiro.
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As forças especiais ucranianas divulgaram imagens nas redes sociais com seus oficiais em Kupiansk, que, segundo eles “foi e será sempre ucraniana”. As imagens mostravam um grupo de soldados com uniforme de camuflagem e armas automáticas, reunidos ao redor de um tanque.
Um membro da administração regional publicou uma foto de soldados ucranianos na cidade com o texto: “Kupiansk é Ucrânia”.
Essa nova progressão importante reivindicada pelas forças ucranianas acontece após Kiev ter retomado o controle de 30 localidades na zona de Kharkiv, na fronteira com a Rússia.
A reconquista de Kupiansk pelas forças ucranianas deve impor dificuldades para Moscou, já que é um importante eixo de abastecimento de outras posições russas.
De acordo com observadores do conflito, Kiev poderia, em breve, aumentar a pressão sobre outras cidades controladas pelos russo, como Izium.
Alemanha reafirma apoio a Kiev
Neste sábado, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, fez uma visita surpresa a Kiev. Ela reafirmou o apoio de Berlim à Ucrânia.
“Eu vim a Kiev hoje para mostrar que eles (ucranianos) podem continuar a contar conosco. Que continuaremos a apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário para fornecimento de armas, com apoio humanitário e financieiro”, dissse a a chefe da diplomacia alemã, em comunicado.
Além dos apoios financeiro e militar, a Alemanha pretende ajudar Kiev a realizar operações de desativação de minas terrestres e a “investigar crimes de guerra, através do envio de peritos, entre eles um procurador”, precisou a ministra.
Perigo de acidente nuclear
A Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) indicou na sexta feira (9) que novos bombardeios na cidade onde se encontra a usina nuclear ucraniana de Zaporíja, ocupada pelos russos, provocaram um corte de eletricidade que compromete "a segurança das operações" da planta.
A central nuclear é a maior da Europa e está ocupada por tropas russas desde março. A usina foi cenário, nas últimas semanas, de bombardeios sobre os quais Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente.
O presidente da Energoatom, a agência de controle do setor nuclear ucraniano, denunciou que as forças russas que ocupam Zaporíjia mataram dois funcionários da central e torturaram e assediaram dezenas de outros.
(Com informações da AFP)
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