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Em Londres, conservadores começam a votar para definir sucessor de Boris Johnson

Os membros do Partido Conservador britânico começam a votar nesta semana para definir seu novo líder e sucessor do primeiro-ministro Boris Johnson. A ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, é considerada favorita à frente de Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças. Truss lançou sua campanha com uma proposta de cortes de impostos em larga escala que ganha cada vez mais adeptos.

Liz Truss, à direita, e Rishi Sunak, à esquerda, são os dois finalistas da corrida presidencial do Partido Conservador do Reino Unido. Espera-se que o vencedor seja designado primeiro-ministro no início de setembro de 2022.
Liz Truss, à direita, e Rishi Sunak, à esquerda, são os dois finalistas da corrida presidencial do Partido Conservador do Reino Unido. Espera-se que o vencedor seja designado primeiro-ministro no início de setembro de 2022. © Reuters - Montage RFI
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Com informações da AFP e de Daniel Postico, correspondente da RFI em Londres

Os membros do partido que está no poder há 12 anos – cujo número exato é confidencial, mas que se estima em cerca de 200 mil (equivalente a 0,3% da população) – têm até 2 de setembro para votar. Até o final desta semana, os partidários devem receber suas cédulas. Trata-se de um corpo eleitoral composto majoritariamente por homens, brancos e de idade mais avançada.

A votação pode ser feita pelo correio ou digital e o vencedor, anunciado em 5 de setembro, se tornará o novo líder conservador e, automaticamente, o novo primeiro-ministro.

A favorita agora é a secretária de Relações Exteriores Liz Truss. O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ganhou todos os cinco votos nas rodadas anteriores em que os deputados do partido votaram. Mas entre os militantes, Truss é a favorita. A última pesquisa aponta que ele está 24 pontos à frente de Sunak.

Até o dia 31 de agosto, serão realizados 12 debates presenciais em todo o país, alguns televisionados. Truss está baseando sua candidatura em um corte de impostos, na continuação do Brexit que Johnson iniciou e se apresentando como a nova Margaret Thatcher.

Suspense começa a se dissipar

Sunak, que ficou em primeiro lugar nas votações internas dos parlamentares por sua elogiada gestão da pandemia, é menos popular entre a base do partido, onde Truss espera ganhar terreno.

Antes da votação, Truss recebeu grandes apoios do ex-ministro da Irlanda do Norte Brandon Lewis, do candidato derrotado a líder do partido Tom Tugendhat e o elogio mais importante, o do ministro da Defesa Ben Wallace, que é muito respeitado dentro do partido.

Wallace destacou a "experiência" da atual chanceler, em um momento de guerra na Ucrânia. Nesta segunda-feira (1) Truss também recebeu o apoio do atual ministro das Finanças, Nadhim Zahawi.

"A disputa está muito acirrada e lutamos por cada voto", afirmou Truss no fim de semana.

A ministra pareceu um pouco rígida e incomodada em alguns debates nas primeiras fases da disputa, mas agora se mostra mais tranquila e segura, um revés para Sunak, que contava com sua capacidade oratória para ganhar terreno.

Truss saiu mais forte na quinta-feira (28) na primeira de uma série de 12 encontros contra os militantes da base conservadora. A próxima reunião está marcada para esta segunda-feira (1°) à noite na cidade de Exeter, no sudoeste do Reino Unido.

Desde o início desta campanha interna, na qual o meio ambiente quase não foi mencionado, os finalistas discordam sobre os impostos.

Além de prometer uma redução de impostos "a partir do primeiro dia", Truss afirma que vai anular o aumento das contribuições sociais impostas este ano para financiar o sistema nacional de saúde, que foi prejudicado pela pandemia.

Já Sunak critica os "contos de fadas" de sua rival e advertiu que é melhor esperar que a inflação – que atingiu um recorde em 40 anos – diminua antes de reduzir a pressão fiscal. No entanto, desde o início da campanha, ele anunciou uma redução do imposto sobre a energia para aliviar as famílias.

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