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Imprensa: Saída de Draghi leva Itália e UE para “momento perigoso”

A atualidade econômica domina as primeiras páginas dos jornais franceses nesta sexta-feira (22). Em meio a um contexto de guerra na Ucrânia, forte inflação e uma recessão vista como inevitável nos próximos meses, a renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, na quinta-feira (21), “fragiliza ainda mais a Europa”, assinala o Libération.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, renunciou ao cargo depois de perder apoio de três partidos da coalizão no poder. (20/07/2022)
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, renunciou ao cargo depois de perder apoio de três partidos da coalizão no poder. (20/07/2022) REUTERS - GUGLIELMO MANGIAPANE
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“Draghi pula fora, a Europa treme” é a manchete do jornal, ilustrada com uma foto de capa do premiê italiano, “que muito trabalhou pela estabilidade monetária” no país e no bloco europeu. Em editorial, o diário diz que Vladimir Putin canta vitória, já que Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu durante a maior crise da história do bloco, “representava a estabilidade” nestes tempos “altamente voláteis”.

“Depois da crise grega e da pandemia de Covid-19, a Europa se encontra de novo em um momento crucial e iminentemente perigoso”, frisa o Libération.

O Les Echos diz que a demissão de Draghi traz temores "de novas turbulências financeiras” e “de uma nova crise”. A saída do líder “direciona a Itália e a Europa para um caminho bastante incerto”, assinala o jornal econômico.

Instabilidade política e econômica

Les Echos lembra que Roma é a principal beneficiada do plano de retomada econômica da União Europeia, decidido após a pandemia, e ainda é altamente dependente do gás russo – num contexto em que o futuro das exportações do produto por Moscou está comprometido.

Mesmo tom no Figaro, que diz na manchete: “Mario Draghi vai embora; a Itália na incerteza”. O editorial destaca que o presidente do Conselho italiano, “o mágico que tinha salvado a zona do euro”, “conseguiu o impossível” em fevereiro de 2021, ao chegar a um governo de coalizão inédito para tirar o país da crise da Covid-19.

“Todo mundo queria acreditar. A Europa também”, sublinha o texto. Mas “desta vez, ele não conseguiu superar a implacável lógica do sistema partidário italiano e as suas intrigas de poder”, lamenta o Figaro.  

O premiê decidiu renunciar depois de perder o apoio de três partidos da coalizão no poder, os antissistemas do Movimento 5 Estrelas, a Liga, de extrema direita, e a Força Itália, de direita.

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