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Ucrânia acusa Rússia de instalar atiradores de mísseis na maior usina nuclear da Europa

A operadora de energia nuclear ucraniana acusou o exército russo de ter implantado lançadores de mísseis no local da usina nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, em particular para disparar contra Dnipro e Nikopol, onde ataques mortais foram relatados durante a madrugada e na manhã de sábado (16).

Um soldado russo diante da usina nuclear de Zaporijjia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa e entre as maiores do mundo. A foto foi tirada durante uma visita organizada pelo Ministério da Defesa da Rússia (1/5/2022).
Um soldado russo diante da usina nuclear de Zaporijjia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa e entre as maiores do mundo. A foto foi tirada durante uma visita organizada pelo Ministério da Defesa da Rússia (1/5/2022). © AP
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"Os ocupantes russos instalaram sistemas de disparo de mísseis no território da usina nuclear de Zaporizhia", disse Petro Kotin, presidente da Energoatom, pelo Telegram, após uma entrevista no canal de televisão ucraniano United News.

"A situação (na central) é extremamente tensa e a pressão aumenta todo dia. Os ocupantes estão levando suas armas para lá, incluindo sistemas de mísseis com os quais já atacaram do outro lado", em direção a Dniepro, "e no território de Nikopol", 80 km a sudoeste de Zaporizhia, disse ele.

A maior usina de energia da Europa e uma das maiores do mundo caiu em mãos russas no início de março, logo após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

O governador da região do Dnipro, Valentyn Reznichenko, denunciou no sábado "um dilúvio de fogo pela manhã" no território de Nikopol, com o disparo de "mísseis Grad em áreas residenciais". Segundo ele, 12 edifícios, uma escola e uma universidade foram danificados.

Em Nikopol, "os socorristas encontraram duas pessoas mortas nas ruínas", anunciou.

Situação tensa, mas sob controle

Na noite de sexta-feira (15), a Força Aérea Ucraniana disse que mísseis russos Kh-101 foram disparados por volta das 22h do mar Cáspio em direção a Dnipro, quatro dos quais foram destruídos.

O centro de comando da região sul disse na madrugada de sábado que a situação estava "tensa, mas sob controle".

"O inimigo continua a realizar ofensivas em territórios anteriormente ocupados, mas, sem sucesso no terreno, está intensificando mísseis e ataques aéreos", postou o comando no Facebook, citando ações russas nas regiões de Kherson e Odessa.

Mais ao norte, perto de Kharkiv, a segunda cidade do país, o município de Chuguiv foi atingido na noite de sexta-feira por mísseis russos que mataram três pessoas, anunciou Oleg Sinegoubov, governador da região.

As vítimas são "dois homens de 60 e 68 anos e uma mulher de 70 anos", informou.

Outros ataques

O comando militar ucraniano para a região de Sumy, cerca de 200 km a noroeste de lá, havia relatado tiros de morteiro e bombardeios ao longo do dia à noite, que deixaram um total de um morto e sete feridos.

Na noite de sexta-feira, Kramatorsk, a principal cidade da bacia do Donbass ainda sob controle ucraniano, na região de Donetsk, também sofreu vários bombardeios.

Um ataque em sua praça central, chamada praça da Paz, deixou uma cratera e quebrou as janelas dos prédios ao redor, mas não causou vítimas porque ocorreu após o toque de recolher, segundo um policial.

Anteriormente, pelo menos três ataques atingiram o sul de Kramatorsk, perto do aeroporto, onde repórteres da AFP viram uma grande nuvem de fumaça.

O Ministério da Defesa russo acusou as forças ucranianas de bombardear Sloviansk sob o pretexto de ataques russos "para provocar sentimentos contra os russos entre a população civil".

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