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Em visita a Kiev, Macron, Draghi e Scholz reafirmam apoio europeu a Volodymyr Zelensky

O presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi chegaram nesta quinta-feira (16) a Kiev para demonstrar o apoio da Europa ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A visita, há tempos planejada, mas sempre adiada, tem também o objetivo de afastar rumores sobre desentendimentos entre os líderes francês e ucraniano sobre a entrada do país na União Europeia. Em visita a Irpin, Macron afirmou que apoia a Ucrânia “sem ambiguidades”.

Da esquerda para a direita, o chanceler alemão Olaf Scholz, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o chefe do governo italiano Mario Draghi, e o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, reunidos em Kiev.
Da esquerda para a direita, o chanceler alemão Olaf Scholz, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o chefe do governo italiano Mario Draghi, e o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, reunidos em Kiev. AP - Natacha Pisarenko
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Os líderes chegaram de trem a Kiev por volta das 8h30 locais. O trem partiu da fronteira polonesa por volta da meia-noite de quarta-feira (15). É a primeira vez, desde o começo do conflito, que o chefe de Estado francês vai à Ucrânia, poucos dias antes do fim da presidência francesa do Conselho Europeu, em 30 de junho.

O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, se uniu ao grupo, guiado por militares ucranianos armados, além de um forte esquema de segurança e jornalistas.

Os três dirigentes percorreram 600 km durante nove horas para atravessar metade do país em guerra. Eles se reuniram até as 2h30 da madrugada, em um salão privado do trem. O principal da viagem é discutir a adesão da Ucrânia à União Europeia, mas ajudas financeiras para a compra de armas também poderão ser anunciadas.

O presidente francês Emmanuel Macron (centro), o chanceler alemão (direita), Olaf Scholz (à direita), e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi (à esquerda), reunidos no trem para Kiev, em 16 de junho de 2022.
O presidente francês Emmanuel Macron (centro), o chanceler alemão (direita), Olaf Scholz (à direita), e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi (à esquerda), reunidos no trem para Kiev, em 16 de junho de 2022. AFP - LUDOVIC MARIN

Olaf Scholz desceu primeiro de seu vagão, seguido por Macron que deu detalhes sobre a visita. “Vamos encontrar o presidente Zelensky para percorrer os lugares onde os crimes foram cometidos e fazer as perguntas previstas. É um momento importante. É uma mensagem de apoio aos ucranianos e ucranianas para falar sobre o presente e sobre o futuro”, disse o presidente francês.

O chefe de Estado desmentiu rumores sobre um desentendimento com o presidente ucraniano. Macron disse que a França vai continuar a apoiar a Ucrânia de maneira durável e sob todas formas para que ela “possa resistir e vencer” diante da ofensiva russa.

“Eu sempre fui constante. A França está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia”, disse Macron.“Nós estamos do lado dos ucranianos sem ambiguidades”, acrescentou.

Visita a Irpin

Da estação de trem, eles seguiram para Irpin, cidade da periferia de Kiev, que virou símbolo da destruição e das atrocidades cometidas durante a invasão russa.

Após a visita, Macron reconheceu o “heroísmo” dos ucranianos. “Todos vimos as imagens de uma cidade devastada, que é, ao mesmo tempo, uma cidade heróica porque é aqui, entre outras, que os ucranianos pararam o exército russo que se dirigia para Kiev. Então é preciso reconhecer o heroísmo do Exército, mas também da população ucraniana”, declarou o presidente francês.

Como outros dirigentes europeus que visitaram Kiev, Macron, Scholz, Draghi e Iohannis caminharam pelas ruas de Irpin, onde as marcas dos bombardeios russos podem ser vistas em todos lugares.

Os chefes de Estado e de governo questionaram os guias sobre a volta dos moradores da cidade e sobre os trabalhos de reconstrução previstos. Logo após eles assistiram a um vídeo curto que mostrava Irpin há três meses, no auge dos combates.

Macron comentou uma pichação feita no muro de um prédio destruído, onde estava escrito “Make Europe Not War” (Faça a Europa e não a guerra). “Esta é a boa mensagem (...) é emocionante ver isso”, declarou.

Irpin, ao noroeste de Kiev, foi palco de violentos confrontos entre russos e ucranianos nos primeiros dias de invasão russa no final de fevereiro. O exército russo rapidamente tomou o controle desse bairro de classe média, cercado por uma floresta de pinheiros, que tinha 60.000 moradores antes da guerra, ocupado durante todo mês de março.

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