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Alemanha: Chemnitz se torna palco de show de rock contra a xenofobia

“Nós somos mais numerosos”: vários grupos musicais alemães participaram nesta segunda-feira (3) de um show de rock na cidade de Chemnitz contra a xenofobia. O evento teve o apoio das autoridades alemãs, que fazem um apelo pela mobilização contra o ódio propagado pela extrema-direita no país.  

Imagem da manifestação anti-imigração em Chemnitz
Imagem da manifestação anti-imigração em Chemnitz REUTERS/Hannibal Hanschke
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Os organizadores esperavam 20.000 participantes, mas 50.000 compareceram ao show gratuito, que começou no final da tarde, com apresentação de grupos regionais e nacionais. “Não se trata de uma batalha da esquerda contra a direita, mas, independentemente de sua tendência política, de se opor à extrema-direita que se torna violenta”, disse Champino, cantor do grupo Toten Hosen.

“É muito importante que paremos o movimento enquanto é apenas uma bola de neve e antes que se transforme numa avalanche”, acrescentou o músico. O evento, previsto há uma semana, foi organizado em resposta às várias manifestações contra os migrantes. Os moradores de Chemnitz também foram convidados, nas redes sociais, a participar de uma “manifestação na janela”, deixando visíveis mensagens de tolerância.

“Mais coração e menos ódio”

No sábado (1), cerca de 6 mil próximos do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e do grupo anti-muçulmanos Pegida, marchavam pelas ruas de Chemnitz com bandeiras da Alemanha, entoando a hino nacional e slogans do tipo “Fora Merkel”. O cortejo chegou a ser bloqueado pelas forças de ordem após dezenas de militantes antifascistas terem tentado integrar a passeata.

A polícia prendeu algumas pessoas mas, apesar da tensão, nenhum incidente mais grave foi registrado durante o protesto. Já na hora da dispersão, confrontos deixaram pelo menos 18 feridos.

No mesmo dia, várias associações e partidos políticos progressistas marcharam sob o lema "mais coração e menos ódio". Organizada por grupos de esquerda, o protesto, que contou com cerca de 3.500 pessoas, segundo a polícia, reuniu moradores que acusam a AfD e o Peguida de tentar instrumentalizar a morte de um alemão de 35 anos, esfaqueado por um suposto imigrante.

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