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UE/Imigração

Alemanha suspende expulsão de sírios que buscam asilo no país

A Alemanha parou de enviar sírios que buscam asilo em seu território aos países onde eles entraram na União Europeia, como autorizam os tratados europeus. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Escritório Federal de Imigração e Refugiados no Twitter.

Migrantes sírios descansam na rua após cruzarem a fronteira húngara, vindos da Sérvia, em 25 de agosto de 2015.
Migrantes sírios descansam na rua após cruzarem a fronteira húngara, vindos da Sérvia, em 25 de agosto de 2015. REUTERS/Laszlo Balogh
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A Comissão Europeia felicitou a Alemanha por "este ato de solidariedade, que representa um reconhecimento de que os países localizados nas fronteiras externas do bloco [Grécia, Itália e Bulgária, por exemplo] não podem administrar sozinhos" a atual pressão migratória.

Nesta madrugada, um colégio que abrigaria refugiados perto de Berlim foi destruído em um incêndio de origem suspeita. O incêndio não deixou nenhum ferido, mas é mais um capítulo na série de ataques contra os centros de recepção para migrantes.

"Se as investigações comprovarem que se trata de um ato xenófobo, a polícia e a justiça de Brandemburgo farão todo o possível para deter os autores e puni-los", declarou o chefe de Governo local. A chanceler Angela Merkel condenou na segunda-feira esses atos de violência, que chamou de "abjetos".

Nesta quarta-feira, Merkel visitará o centro de refugiados de Heidenau (leste), alvo de violentas manifestações da extrema-direita durante o último fim de semana.

Merkel defende

Hoje, durante um encontro com cidadãos de Duisbourg-Marxloh, uma localidade industrial onde vive uma importante comunidade de imigrantes, Merkel chamou de indigna a maneira como a Europa está gerenciando a crise dos refugiados. Por outro lado, a dirigente alemã defendeu as expulsões dos migrantes que têm pouca chance de obter asilo por não preencherem os critérios previstos em lei.

"Sei que é difícil falar isso, mas a Sérvia, a Albânia e o Kosovo não vivem no momento uma guerra civil", disse Merkel, referindo-se aos cidadãos desses países que tentam migrar para a Alemanha. Quanto aos sírios, "que têm direito ao asilo", destacou a chanceler, "eles devem ser distribuídos de forma equitativa nos países da Europa".

Segundo Merkel, "um país como a Alemanha, mais forte economicamente do que outros, deve assumir uma parte maior. Mas três ou quatro países em 28 não podem assumir toda a carga", ponderou. "Não é esta a União Europeia que queremos", completou.

Em um ano, o número de solicitações de asilo político quadruplicou na Alemanha. O país espera receber 800 mil pedidos até o final de 2015.

Blindados na fronteira da Bulgária

A Bulgária enviou blindados a quatro postos de fronteira com a Macedônia para apoiar a polícia caso o país receba um grande fluxo de imigrantes, anunciou nesta terça-feira o ministério da Defesa. "Vamos reforçar de forma preventiva a vigilância garantida pela polícia das fronteiras", declarou Nikolay Karaivanov, chefe de operações do ministério, em entrevista à rádio pública BNR. Vinte e cinco militares e veículos blindados foram enviados aos postos fronteiriços entre a Bulgária e a Macedônia, mas "o número pode aumentar caso a situação se agrave", avisou.

A Bulgária construiu uma barreira de 30 km na sua fronteira com a Turquia, como a Hungria está fazendo na divisa com a Sérvia. Por enquanto, o fluxo de migrantes que chegam à Grécia e transitam pela Macedônia para chegar à Alemanha ou à Inglaterra tem evitado passar pela Bulgária. O país recebeu desde o início do ano cerca de 15 mil imigrantes clandestinos, a maioria sírios, procedentes da Turquia. Esses migrantes permanecem durante meses em campos de refugiados, até obter documentos que, na melhor das hipóteses, os autoriza viajar à União Europeia.

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