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Rússia/Assassinato

Rússia detém dois suspeitos do assassinato de Boris Nemtsov

O Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB) da Rússia anunciou neste sábado (7) a detenção de dois suspeitos do assassinato do opositor russo Boris Nemtsov, morto a tiros no dia 28 de fevereiro perto do Kremlin.

O enterro de Boris Nemtsov, no dia 3 de março, em Moscou, reuniu personalidades estrangeiras e admiradores do opositor.
O enterro de Boris Nemtsov, no dia 3 de março, em Moscou, reuniu personalidades estrangeiras e admiradores do opositor. REUTERS/Maxim Shemetov
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“Hoje foram detidos dois suspeitos de terem cometido o crime. Trata-se de Anzor Gubashev e Zaur Dadáev”, afirmou o chefe do FSB, Alexandr Bórtnikov, à televisão pública russa. Os detidos são originários do Cáucaso e teriam sido localizados após a identificação do carro supostamente usado para cometer o crime e por registros de telefonemas.

As investigações prosseguem. O presidente russo já foi informado da detenção dos suspeitos de terem assassinado o seu opositor.

Boris Nemtsov, de 55 anos, um reconhecido crítico de Putin e um defensor da luta anticorrupção, foi morto a tiros a alguns metros de distância da sede do governo, pouco antes da meia-noite do dia 28 de fevereiro. Ele foi baleado nas costas quando andava a pé com a namorada, ucraniana, depois de ter dado uma entrevista a uma rádio sobre um protesto da oposição que estava organizando para o fim de semana.

A agência russa Interfax afirma que as investigações sobre a morte de Nemtsov poderão conduzir a pistas fora do país. Putin advertiu esta semana que as forças policiais russas devem ficar atentas contra eventuais ataques extremistas destinados a provocar conflitos civis como o que ocorre na Ucrânia.

A comissão que investiga o assassinato de Nemtsov evocou várias hipóteses para o crime, como as críticas do opositor sobre o protagonismo da Rússia na guerra no leste da Ucrânia, uma vingança passional e até o apoio de Nemtsov à liberdade de expressão. Ele havia condenado o atentado contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. 

Já o principal líder de oposição ainda vivo, Alexei Navalny, acusou "os serviços especiais" e o Kremlin de estarem por trás do assassinato. 

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