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Espanha/espionagem

Governo espanhol convoca embaixador americano para consulta

O governo espanhol convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos no país, James Costos, para consulta, depois das denúncias de que o país também teria sido alvo de espionagem da NSA, a Agência de Segurança Americana. A Espanha diz ainda não ter recebido uma confirmação oficial sobre o caso, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Rajoy presta depoimento diante de Parlamento espanhol
Rajoy presta depoimento diante de Parlamento espanhol REUTERS/Susana Vera
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De acordo com informações do jornal El Mundo, que teve acesso a documentos confidenciais obtidos pelo jornalista britânico Glenn Greenwald, a NSA monitorou 60,5 milhões de ligações na Espanha entre 10 de dezembro e 8 de janeiro de 2013.

As informações foram transmitidas ao repórter pelo ex-consultor da CIA Edward Snowden, que vive atualmente como refugiado politico na Rússia.

"Até agora não temos nenhuma indicação oficial de que nosso país tenha sido espionado", declarou o ministro espanhol das Relações Exteriores José Manuel García-Margallo, durante uma coletiva.

Segundo o ministro, durante o encontro com o embaixador Costos, ele pediu que fossem dadas todas as informações "sobre um problema que atrapalharia o clima de confiança entre os dois países", como é costumeiro nesse tipo de situação.

Em um comunicado publicado pelo Ministério depois de um encontro entre o secretário das Relações Exteriores, Inigo Mendez de Vigo, e o embaixador americano, a Espanha pediu mais detalhes sobre os dados que estariam em poder da NSA.

A espionagem, de acordo com com o El Mundo, arquivou apenas as informações referentes à duração e à localização das ligações.

A Espanha é o terceiro país europeu na mira da NSA, que também espionou a França e a Alemanha. A agência chegou a grampear o celular e o fixo da chanceler Angela Merkel.

Depois das revelações, a Alemanha e a França pediram à União Europeia a elaboração de um acordo de "não-espionagem" com os Estados Unidos.

A Espanha se opôs à iniciativa depois do encontro. Para o primeiro-ministro Mariano Rajoy, “as decisões envolvem a responsabilidade exclusiva dos estados-membros, e são de interesse nacional."

O Brasil, que também foi espionado pela NSA, deverá apresentar um documento conjunto com a Alemanha sobre o assunto na ONU.
 

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