Angela Merkel rejeita "crescimento a crédito" na Europa
Em discurso hoje no parlamento alemão, a chanceler Angela Merkel voltou a demonstrar sua oposição às políticas de crescimento baseadas no endividamento público, como defende o recém-eleito presidente francês, François Hollande. Ela também criticou o projeto de Hollande de antecipar o calendário das tropas francesas do Afeganistão.
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Angela Merkel voltou a dizer que não aceita uma política de retomada do crescimento baseada no endividamento da Europa, como defendeu Hollande durante a campanha. O socialista conta com apoio cada vez maior de outros dirigentes do bloco também preocupados com os efeitos dos planos de austeridade.
"Um crescimento a crédito seria retornar ao início da crise", declarou a primeira-ministra na Câmara Baixa do Parlamento alemão. "Não aceitamos essa opção e não faremos assim", disse Merkel em tom firme, sob aplausos dos deputados.
Merkel defendeu reformas estruturais, "importantes e necessárias nos países da zona do euro". Ela criticou o que chamou de endividamento catastrófico e falta de de competitividade de algumas economias europeias. "É fundamental que cada um aceite a ideia que a superação da crise será um processo longo", lembrou a líder alemã.
Merkel apresentou ao parlamento as posições que ela vai defender na cúpula do G8, na semana que vem nos Estados Unidos, sublinhando que a consolidação das contas públicas e medidas de crescimento são os pilares da estratégia alemã.
A chanceler também tomou distância de Hollande ao criticar o projeto do socialista de retirar antecipadamente as tropas francesas do Afeganistão em dezembro de 2012. Aos deputados alemães, Merkel lançou: "entramos juntos e sairemos juntos; o calendário da OTAN fixou a retirada no final de 2014".
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